Will Byers: entenda quem é o personagem de Stranger Things (Netflix/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 3 de dezembro de 2025 às 09h24.
Stranger Things, uma das maiores febres da Netflix, começa com o velho clássico: um garoto desaparece e tudo desanda. Mas, em vez de detetives e pistas óbvias, o que vem é uma mistura explosiva de ficção científica, terror e anos 1980, com bicicletas, walkie-talkies e um monstro de outra dimensão.
O sumiço de Will Byers (Noah Schnapp) no episódio piloto desencadeia a entrada da cidade de Hawkins em um universo sombrio — literalmente.
Ao longo das temporadas, Will deixa de ser apenas a primeira vítima do Mundo Invertido e se torna um elo direto com o mal que ameaça a todos.
Na 1ª temporada, ambientada em 1983, tudo começa quando Will some misteriosamente após voltar de uma sessão de Dungeons & Dragons com os amigos.
Ele é sequestrado por uma criatura — um Demogorgon — e levado para uma dimensão paralela conhecida como Mundo Invertido (Upside Down).
O desaparecimento mobiliza sua mãe, seus amigos e o xerife local numa busca intensa. A descoberta da garota com poderes (Eleven) e dos experimentos do laboratório de Hawkins começa a revelar o horror do Mundo Invertido.
Embora tenha um papel “pivô” — já que sua busca dispara os eventos — Will, na 1ª temporada, ainda não tem a profundidade de destaque que ganharia depois.
Após ser resgatado, Will volta ao convívio normal, mas os traumas permanecem. Ele começa a manifestar efeitos da sua estadia no Mundo Invertido, incluindo sintomas físicos e psicológicos.
Essa temporada aprofunda a sensação de que o “inimigo” não se foi completamente e Will sente que algo dele ficou “conectado” ao que existe além da realidade. Isso o torna vulnerável, mas também estabelece sua conexão duradoura com o Mundo Invertido.
Mesmo quando os grandes confrontos não giram sempre diretamente em torno dele, Will continua a carregar as marcas da dimensão paralela.
Ele sente a presença do Mundo Invertido e de monstros (como o Devorador de Mentes) em momentos de tensão, mesmo que tente levar uma vida “normal”.
Além disso, essas temporadas exploram como a experiência traumática o afeta emocionalmente — seus medos, inseguranças e a sensação de ser diferente dos outros.
A relação com seus amigos e familiares se torna mais complexa. Will sente o peso de ter sobrevivido, mas sem certeza de que está “livre”.
Na 5ª e última temporada, a jornada de Will ganha um novo significado.
Logo no início, em um flashback, é revelado que durante o sequestro original ele não apenas sofreu, mas foi marcado por Vecna.
Esse encontro plantou algo dentro dele, um vínculo psíquico com as forças do Mundo Invertido.
Essa ligação é retomada no Volume 1 da 5ª temporada: Will começa a ter visões, instintos e sensações de quando estava “do outro lado”.
Em um momento crucial (episódio 4, intitulado “Feiticeiro”), ele desbloqueia habilidades sobrenaturais — consegue acessar essa conexão com o Upside Down e usar poderes, algo similar ao que já vimos com Eleven.
A transformação marca o fim de um ciclo narrativo iniciado na primeira temporada: de vítima e alvo de resgate, Will se torna uma peça-chave (e talvez a peça mais importante) na luta final contra Vecna e suas criaturas.
Os criadores da série indicaram que essa virada não é apenas uma questão de poderes: é também o momento em que Will finalmente assume seu lugar. Ele deixa de ser apenas o “sobrevivente” para se tornar um agente ativo na batalha, com controle sobre seu destino e sobre aquilo que o assombrou por anos.