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'CLT premium': como a criadora do 'Não Inviabilize' quitou as casas de cinco funcionários

Em entrevista à EXAME, dona de um dos maiores podcasts brasileiros explica os benefícios dos funcionários e por que decidiu 'doar' cerca de R$ 1 milhão pelos imóveis

Podcaster desde 2020, hoje Déia tem a própria empresa, a Conglomerado Pônei (Arquivo Pessoal)

Podcaster desde 2020, hoje Déia tem a própria empresa, a Conglomerado Pônei (Arquivo Pessoal)

Publicado em 25 de julho de 2024 às 17h32.

Última atualização em 25 de julho de 2024 às 18h19.

Apresentadora do podcast de sucesso Não Inviabilize, Déia Freitas presenteou os cinco funcionários da Conglomerado Pônei, como chama sua empresa, com apartamentos quitados. O anúncio foi feito por meio de uma publicação no X. Na rede social, ela comemorou que, além da CLT, conseguiu oferecer a seus empregados também uma casa própria."Cada um escolheu o seu onde quis, do jeitinho que quis, e eu fui lá e quitei", afirmou a empreendedora.

À EXAME, Déia explicou que o podcast começou em meio à pandemia, quando ela, o microfone e uma caixa de papelão eram os "funcionários" da Conglomerado Pônei. Com o tempo, o seu programa foi ganhando cada vez mais visibilidade e passou a ser necessário expandir a sua equipe. "Consegui contratar duas pessoas como PJ, porque eu não sabia como seria o dia de amanhã. Mas eu tinha muito cuidado em tratar a pessoa jurídica como uma pessoa jurídica. Não tinha hierarquia, não tinha horário. Tinha apenas entregas", explica.

Ao conhecer Bruno Porto, da produtora BPIdeias, as coisas foram se estabilizando e o sonho da carteira assinada se tornou possível aos funcionários do Não Inviabilize. Já agenciada e com publicidades chegando aos montes, Déia conseguiu que todos os seus funcionários trabalhassem CLT, ganhando um valor bruto de R$ 5 mil. À altura do campeonato, a podcaster queria melhorar os salários e benefícios hoje, todos ganham R$ 10 mil, com convênio, vale-refeição, vale-transporte, home office e escala de trabalho de segunda a quinta-feira.

Mas engana-se quem pensa que a podcaster fez isso por considerar seus funcionários sua família. Déia, inclusive, é avessa a essa idealização. Ela explica que essa era uma meta pessoal — até porque ela já vivenciou incontáveis perrengues dentro das 'firmas' pelas quais já passou. Recentemente, ela foi chamada pela produtora Wondery para pensar em um spin-off do Não inviabilize, seu podcast em que conta histórias inusitadas dos ouvintes. Foi assim que surgiu o Histórias da firma, disponível no Amazon Music. "Vim da classe trabalhadora, já trabalhei sem receber vale transporte, já trabalhei sem registro, já trabalhei em enchente", conta.

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Como Déia quitou as casas dos funcionários?

Não bastassem os benefícios que Déia faz questão de garantir a seus cinco funcionários, a internet se chocou ao saber que ela comprou uma casa própria para cada um deles. "Eu, Andréia, sempre tive o sonho de ter a casa própria. No final de 2023 eu comecei a me organizar para comprar um terreno para construir uma casa para mim e para os meus familiares. Foi quando olhei para meus funcionários e percebi que eles também não tinham casa própria! Dois deles tinham começado a financiar pelo Minha Casa, Minha Vida, mas ainda não tinham quitado, iriam só conseguir pagar em 30 anos."

A podcaster afirma que investe os lucros do podcast desde que começou, lá em 2020. Para os apartamentos da equipe, ela chegou a um valor de R$ 230 mil para cada funcionário. Se o apartamento fosse mais barato que este valor, ele ficava com a diferença. Se mais caro, a diferença era por conta do funcionário. "Os apartametos não são todos em São Paulo, porque meus funcionários são remotos. Tem no interior de São Paulo, tem no Rio de Janeiro, tem em Brasília", falou.

Hoje, todas as cinco casas já estão quitadas, com escritura no nome de cada um dos funcionários.

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