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Fábrica de guloseimas, Fini agora faz parte de um seleto clube de marcas brasileiras. Entenda

Assim como Coca-Cola e Bombril, a Fini acaba de ser reconhecida como Marca de Alto Renome pelo INPI; agora, ela pode explorar novos mercados

Diretor-geral Valmir Feil (esquerda) e Amanda Araújo (direita), Diretora Executiva Administrativo e Governança da The Fini Company Brasil (Fini)
Laura Pancini

Repórter

Publicado em 9 de outubro de 2024 às 06h30.

Não há um mercado ou farmácia exatamente igual. Cada loja tem seu próprio tamanho, estoque e localização. Uma coisa, porém, é quase certa:a presença de um produto Fini ao lado do caixa ou na fila de pagamento. A marca, conhecida por suas balas de gelatina, dentaduras e marshmallows, se tornou parte do cotidiano dos consumidores desde que chegou ao Brasil no final da década de 90.

Quase 26 anos depois, em 2023, uma pesquisa revelou que 95,1% da população sabe o que é Fini, o que equivale a cerca de 157 milhões de pessoas. Por esse e outros motivos que a marca de origem espanhola acaba de ser reconhecida como Marca de Alto Renome pelo INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial).

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Esse título especial é dado a poucas marcas no Brasil. Ele protege o nome e a identidade visual da Fini em qualquer área, não apenas no mercado de balas. Amanda Araújo, diretora-executiva da Fini Brasil, explica que o reconhecimento como Marca de Alto Renome garante a exclusividade da Fini no mercado brasileiro.

A Coca-Cola e a Bombril também têm esse reconhecimento, que garante proteção legal e reforça a imagem de confiança e qualidade. O processo para a Fini conquistar esse título começou em 2019 e exigiu várias provas de que sua marca é reconhecida e admirada pelos brasileiros, como a pesquisa citada acima.

O mercado brasileiro é o maior do mundo para a Fini,superando até mesmo a operação da marca na Espanha, país de origem. Em 2023, a empresa alcançou 500 mil pontos de venda e abriu sua 357ª franquia no estado do Amapá.

No final do ano passado, a Fini investiu R$ 350 milhões na expansão de sua fábrica em Jundiaí, interior de SP. Este ano, projeta umaporte de mais R$ 50 milhões no setor produtivocom foco em automação. O investimento faz parte da estratégia da marca de crescer 15% em vendas este ano e ampliar em 25% sua presença nos pontos de venda.

Mas, no carrinho de compras do consumidor, a competição é acirrada: Lacta, Bis, Garoto, Talento, Kit Kat são alguns dos doces que dividem espaço com a Fini nas prateleiras. Também existem Skittles, Halls e Bubaloo, que competem no mesmo mercado da marca espanhola, o de balas de gelatina. Nenhuma, porém, tem o mesmo porte e presença da Fini, que lidera o setor com uma participação de 76,5%.

Oxxo transforma loja em bala Fini gigante

Parcerias que fortalecem

Com a proteção por 10 anos, a Fini agora pode explorar novos setores com segurança. Mas, nos últimos anos, a marca de doces já vem "testando" mercados diferentes por meio de parcerias estratégicas com Carmed, Colorama, Havaianas, Bauducco e Santa Lolla.

É como botar os pés na água para checar a temperatura. "Essas colaborações ajudam a Fini a criar novas oportunidades de mercado sem se afastar de seu propósito", diz Valmir Feil, diretor-geral da Fini no Brasil. Os testes têm tido sucesso financeiro e publicitário. A parceria com a marca de hidratantes labiais Carmed gerou vendas de R$ 23 milhões em apenas um mês, fomentado por vídeos virais do TikTok.

A próxima empresa a anunciar uma parceria com a Fini será a marca de óculos Chilli Beans. Juntas, elas vão lançar doces em formato de pimenta, case de óculos perfumado e uma linha exclusiva de óculos inspirado nas balas. Assim como com Carmed e Colorama, são as cores fortes e o cheiro que trazem a lembrança de comer uma bala Fini ao consumidor.

Fini e Chilli Beans anunciam parceria e linha exclusiva de óculos (Fini/Chilli Beans)

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