O clube da igualdade de gênero em Davos
ÀS SETE - Este ano, a composição da presidência do Fórum Econômico Mundial, em Davos, foi inusitada: todas as sete cadeiras são ocupadas por mulheres
Da Redação
Publicado em 25 de janeiro de 2018 às 06h11.
Última atualização em 25 de janeiro de 2018 às 07h44.
A ativista e Nobel da Paz Malala Yousafzai sobe ao palco do Fórum Econômico Mundial, em Davos, para falar sobre sua jornada de luta para que a educação seja entendida como um direito básico de todas as meninas. Sua fala abre o evento nesta quinta-feira, às 6h do horário de Brasília, e deve dar o tom para os debates do dia.
Às 8h50, Malala participa de uma mesa intitulada “Criando um futuro compartilhado a partir da educação e do empoderamento”, discutindo basicamente o valor, para o desenvolvimento do potencial humano e econômico, da diversidade e das oportunidades iguais para todos. Também serão discutidas as habilidades que serão necessárias para o trabalho do futuro.
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A discussão sobre igualdade de gênero já havia sido levantada na terça-feira pelo primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau. Ele ressaltou a importância de contratar, promover e manter mulheres nas empresas e defendeu os movimentos de luta contra o assédio sexual #MeToo e Time’s Up!. Este ano, o Canadá está na presidência do G7, e Trudeau reiterou que avançar sobre o tema dos direitos das mulheres será a prioridade de sua gestão.
Este ano, porém, a composição da presidência do Fórum foi inusitada: todas as sete cadeiras são ocupadas por mulheres. É a primeira vez que isso acontece em 48 edições do evento. São elas: a primeira-ministra da Noruega, Erna Solberg; a diretora do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern), Fabiola Gianotti; a diretoria da multinacional Engie, Isabelle Kocher; a secretária-geral da Confederação Internacional de União pelo Comércio (ITUC), Sharon Burrow; a diretora do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde; a presidente da empresa IBM, Ginni Rometty; e a fundadora da Fundação Mann Deshi, Chetna Sinha. Certamente, um avanço simbólico, mas ainda há muito a ser feito para que a igualdade de gênero esteja refletida nos salões de Davos.