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Nos Estados Unidos, Trump e Sanders estão de olho em 2020

Bernie Sanders continua sua turnê de comícios, assim como o presidente Donald Trump

De olho no eclipse:: presidente viaja a Fênix, no Arizona, para um comício. Seus adversários já começam a se movimentar para as próximas eleições (Mark Wilson/Getty Images)

De olho no eclipse:: presidente viaja a Fênix, no Arizona, para um comício. Seus adversários já começam a se movimentar para as próximas eleições (Mark Wilson/Getty Images)

EH

EXAME Hoje

Publicado em 22 de agosto de 2017 às 06h40.

Última atualização em 22 de agosto de 2017 às 08h35.

Se aqui no Brasil só se fala de 2018, nos Estados Unidos os olhos já estão em 2020. Hoje, o senador independente Bernie Sanders continua sua turnê de comícios pelo meio-oeste americano, enquanto o presidente Donald Trump vai à cidade de Fênix, no Arizona, também para um comício.

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Para Sanders, candidato derrotado em 2016, é a chance de mostrar que sua pauta progressista de esquerda tem um apelo universal, inclusive nos distritos que votaram com força em Donald Trump. Hoje ele discursa na cidade de Portsmouth, estado de Ohio, local em que Trump fez 37 pontos percentuais em cima da concorrente democrata Hillary Clinton. Amanhã, Sanders discursa em Detroit, Michigan, onde aparece ao lado do deputado John Conyers, autor de uma proposta de cobertura de saúde universal — política que Sanders deve, em breve, encampar também no Senado.

Portsmouth é uma região fortemente atingida pela crise de opiáceos que atinge o país e essa turnê pelo meio-oeste é a chance de mostrar que a pauta da saúde universal cola com eleitores de Trump e com trabalhadores fabris da região do Rust Belt, uma antiga área industrial dos Estados Unidos.

Donald Trump, ao que tudo indica, também está em campanha. O presidente, em Fênix, realiza um grande comício no centro da cidade. É uma das primeiras aparições públicas de Trump depois da polêmica de Charlottesville, em que o presidente acusou “ambos os lados” pela violência de grupos extremistas. A agenda política não convencional de Trump deve transformar o Arizona em mais um campo de disputas nos anos por vir: é de lá o senador John McCain, o republicano que se opôs à lei que modificaria o programa de acesso à saúde Obamacare no Senado, uma campanha antiga do partido. O governador de Arizona, Doug Ducey, outro republicano que está longe de apoiar Trump, irá apenas receber o presidente no aeroporto, mas não participa do comício.

Mas se o assunto é 2020, não só de oponentes vive Trump. O fogo pode vir de dentro da Casa Branca. Reportagem do jornal The New York Times fala de vários republicanos, incluindo o vice-presidente Mike Pence, que estariam em campanha para 2020, diante das dificuldades de Trump de decolar. A popularidade do presidente, que nesta segunda-feira foi criticado até por olhar sem óculos para um eclipse, amedronta os estrategistas republicanos: apenas 35% dos norte-americanos aprovam o governo, segundo o instituto de pesquisas Gallup. 

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