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Governo Trump considera operações policiais contra imigrantes durante a Copa do Mundo

Competição internacional ocorre em um momento marcado pela dureza da política migratória da Casa Branca

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter

Publicado em 3 de dezembro de 2025 às 18h50.

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O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não afasta a possibilidade de promover ações policiais e realizar detenções de imigrantes durante a Copa do Mundo de 2026, informou nesta quarta-feira, 3 de dezembro, Andrew Giuliani, chefe do grupo de trabalho da Casa Branca responsável pelo evento.

“Devo reiterar que o presidente Trump não descarta nada que torne este país mais seguro”, afirmou Giuliani em coletiva de imprensa realizada em Washington, dois dias antes do sorteio dos grupos do torneio.

"O que não toleraremos são manifestantes que ameacem a segurança”, disse Giuliani, que acrescentou que a competição demonstrará que “segurança e hospitalidade podem andar de mãos dadas”.

Cenário hostil nos EUA

Marcada para junho de 2026, a Copa do Mundo será realizada em meio ao endurecimento da política migratória do governo Trump.

Questionado sobre a possibilidade de visitantes enfrentarem recusas na emissão de vistos para acompanhar o torneio, Giuliani disse que, para o governo dos EUA, “cada decisão sobre um visto é uma decisão sobre segurança nacional”.

Ele lembrou que o presidente Donald Trump e a Fifa anunciaram recentemente que qualquer pessoa com ingresso para uma partida terá direito a uma entrevista com autoridades migratórias para tentar obter o visto de entrada no país.

Giuliani também destacou que os tempos de espera para a emissão de vistos em consulados de países participantes, como Brasil, Argentina e Equador, foram reduzidos para menos de dois meses, e que nações europeias e o Japão contam com isenção.

Em relação a Haiti e Irã, dois participantes da Copa que integram a lista de 19 países cujos cidadãos estão proibidos de entrar nos EUA por ordem do governo Trump, o representante da Casa Branca disse que “parte” das delegações de ambas as seleções recebeu isenções para ingressar em território americano.

Quanto aos torcedores haitianos e iranianos que pretendem viajar para assistir aos jogos, Giuliani afirmou que a questão deve ser tratada diretamente com o Departamento de Estado, órgão responsável pela concessão de vistos.

(Com informações de agência EFE)

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