Explosões nos Emirados Árabes deixam dois mortos e dezenas de feridos
Pelo menos três restaurantes e diversas lojas foram atingidas; comitiva de Trump e Benjamin Netanyahu chegam hoje aos Emirados
Carla Aranha
Publicado em 31 de agosto de 2020 às 09h41.
Última atualização em 31 de agosto de 2020 às 11h24.
Duas explosões em Dubai e em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes , surpreenderam a população local nesta segunda-feira, 31. As explosões aconteceram em restaurantes de Dubai e Abu Dhabi, a capital dos Emirados, quase simultaneamente. Na capital, o fogo e a fumaça atingiram uma das avenidas mais conhecidas da cidade, com lojas, cafés, restauranes e hotéis. Pelo menos duas pessoas morreram e dezenas ficaram feridas.
A fumaça da explosões e o fogo puderam ser vistos a quilômetros de distância, segundo relatos dos moradores locais ao jornal The National, dos Emirados Árabes. Na capital, as explosões aconteceram em uma unidade da rede KFC e Hardees, na avenida Rashid bin Saeed.
Um cilindro de gás explodiu no restaurante de Dubai e causou o acidente, segundo conclusões preliminares da polícia. Em Abu Dhabi, onde o problema foi mais sério, o acidente ainda está sendo investigado.
Não apenas os restaurantes onde houve a explosão foram danificados -- diversas lojas também sofreram prejuízos. Os moradores e funcionários de lojas e restaurantes da região foram evacuados.
A avenida Rashid bin Saeed, onde aconteceram as explosões na capital, liga a cidade ao aeroporto. É por ela que deve passar a comitiva do presidente Donald Trump, liderada por seu genroJared Kushner,e do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu nesta segunda-feira, em uma viagem histórica para selar os laços entre os Emirados Árabes e Israel. Os dois países fizeram um acordo de paz inédito no último dia 13.
Será o primeiro vôo comercial entre Israel e os Emirados Árabes. Neste domingo, dia 30, Netanyahu disse que está em negociações com outros países árabes para normalizar as relações diplomáticas com Israel, como Omã. Ele também ressaltou a importância do acordo de paz com os Emirados.
"Os avanços de hoje serão as normas de amanhã e abrirão o caminho a outros países que querem normalizar suas relações com Israel", afirmou Netanyahu.