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Salão deste ano não terá supercarros

Modelos da Ferrari, Maserati e Lamborghini não estarão no evento de São Paulo neste ano

Modelos da Maserati e outras supermáquinas não vão marcar presença no Salão do Automóvel de São Paulo neste ano  (Divulgação)

Modelos da Maserati e outras supermáquinas não vão marcar presença no Salão do Automóvel de São Paulo neste ano (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2012 às 10h50.

São Paulo - Tradicional atração do Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, os carros esportivos de alto luxo Ferrari, Maserati e Lamborghini não estarão no evento neste ano. É a primeira vez que as supermáquinas, que costumam atrair boa parte do público que visita o evento realizado a cada dois anos, estarão ausentes.

Além das três marcas italianas, representadas no Brasil pelo grupo Via Itália, modelos de alto luxo que estiveram na última edição do salão também não darão o ar da graça no salão de outubro, no Anhembi. A marca sueca Koenigsegg, que em 2010 mostrou o CCXR avaliado em R$ 6 milhões, e a Pagani, com modelos entre R$ 4 milhões e R$ 10 milhões, já estavam na lista de ausentes desde o fechamento, no ano passado, da empresa Platinuss, importadora oficial desses veículos.

A decisão de ficar de fora da principal mostra do setor automobilístico brasileiro ocorre num momento em que o mercado de veículos novos está em queda, os estoques das fábricas estão altíssimos e as montadoras aguardam para os próximos dias mais um socorro emergencial do governo. Desta vez, são esperadas medidas para destravar o crédito.

No segmento de importados, o cenário também é de apreensão por causa da retração das vendas, em grande parte atribuída à alta da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em 30 pontos porcentuais para modelos que não têm conteúdo local (peças fabricadas no País).


Ninguém no grupo Via Itália foi localizado para comentar os motivos da desistência. Segundo os organizadores do salão, os estandes reservados para Ferrari, Maserati e Lamborghini aguardam confirmação dos locatários. No mercado automobilístico, a informação é de que o custo de participar do evento é elevado e não há retorno em vendas.

Em média, o preço de um estande no tamanho normalmente usado pela Ferrari custa cerca de R$ 350 mil, sem contar os gastos com infraestrutura, incluindo as modelos contratadas para ficar ao lado dos carrões. Os modelos da marca custam entre R$ 1,4 milhão e R$ 2,7 milhões. Nos primeiros quatro meses do ano foram vendidas 18 Ferraris no Brasil.

A Lamborghini vendeu dez unidades neste ano, a preços entre R$ 1,3 milhão e R$ 1,6 milhão. A Maserati soma 7 unidades vendidas, de R$ 750 mil a R$ 920 mil. O grupo Via Itália também é importador oficial da Rolls-Royce, mas ainda não iniciou as vendas da marca, previstas para os próximos meses. Para quem pretende ir ao Salão ver os esportivos de luxo, estarão expostas versões dessa categoria do Aston Martin, Bentley e Porsche.

Nacionais. Os visitantes também poderão ver as novidades das fabricantes que estão chegando ao País ou abrindo novas fábricas. Uma delas é o Prius, compacto premium que a Toyota começará a produzir na nova fábrica de Sorocaba (SP) no segundo semestre.

O compacto HB (nome provisório) da Hyundai é outro que estará exposto, embora a inauguração oficial da fábrica em Piracicaba (SP) só vá ocorrer em novembro. O jipinho Jimmy brasileiro, que sairá da linha de montagem da Suzuki em Itumbiara (GO) em setembro ou no próprio mês de outubro também será um atrativo.

As montadoras mais antigas ainda fazem segredo sobre o que vão mostrar. Há apostas no mercado de que a Volkswagen pretende guardar o Gol duas portas para a ocasião. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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