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Fintech da Magalu vai oferecer empréstimo pessoal e cartão de crédito

Crédito pessoal poderá ser de até R$ 5 mil, dependendo do perfil do consumidor

Magazine Luiza: aplicativo da loja divulga como denunciar violência doméstica (Magalu/Reprodução)

Magazine Luiza: aplicativo da loja divulga como denunciar violência doméstica (Magalu/Reprodução)

AO

Agência O Globo

Publicado em 12 de maio de 2022 às 19h39.

Última atualização em 13 de maio de 2022 às 10h45.

Dois anos após a compra da Hub Fintech, o Magazine Luiza lançou nesta quinta-feira a Fintech Magalu, braço financeiro da varejista. A empresa apresentou dois produtos financeiros: um cartão de crédito para empresas e uma linha de empréstimo pessoal para pessoa física que pode ser contratada direto pelo aplicativo da Magalu.

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O cartão de crédito é focado nos mais de 160 mil vendedores on-line que atuam no marketplace do Magalu.

A companhia calcula que apenas 3% da base brasileira de cartões de crédito são corporativos, e que a operação própria é facilitada pelo “conhecimento profundo” dos chamados sellers, esses vendedores de seu shopping virtual, o que, segundo a empresa, reduz os riscos.

Já o crédito pessoal, que é voltado para pessoas físicas, poderá ser de até R$ 5 mil, com taxa de juros mensal oscilando entre 2,99% e 5%, dependendo do perfil do consumidor. O prazo de pagamento será em até 36 meses.

A concessão dos empréstimos será 100% on-line: o cliente solicita pelo aplicativo, o perfil é analisado e a quantia é liberada no MagaluPay, conta digital da varejista.

De acordo com a empresa, cerca de 10 milhões de clientes do Magalu já estão pré-aprovados para a concessão do empréstimo.

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De acordo com a empresa, a funcionalidade no app está em fase de testes, e será disponibilizada aos clientes até o fim de maio.

Desde 2001 a Magalu oferece diferentes produtos de crédito, incluindo empréstimos e consignados, pelo LuizaCred, numa parceria com o Itaú Unibanco. Agora, as operações serão feitas diretamente no MagaluPay, e o dinheiro pode ser transferido via Pix para outras contas ou usado em compras no site, loja e marketplace.

"Na operação de crédito via LuizaCred, o risco fica na operação com o banco (Itaú Unibanco). Agora, começamos a de fato olhar para os dados, as informações que temos e montar uma metodologia de score (pontuação)", afirma Robson Dantas, diretor da Fintech Magalu.

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Além disso, a empresa também anunciou que caminha para se tornar uma iniciadora de pagamentos nas transações via Pix, o que vai dar mais agilidade para as transações por esse meio de pagamento, acabando com a necessidade de copiar e colar chaves.

O processo deve começar pela KaBum!, uma das marcas do grupo, em função do perfil de operação e do público consumidor da plataforma. Segundo o executivo, o processo já recebeu autorização do Banco Central e está em frase de homologação pelas entidades competentes.

"Queremos começar por onde a penetração do Pix é expressiva no volume de transações. O copia e cola tem muita oportunidade de melhoria", afirma Dantas.

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Na avaliação de Eduardo Yamashita, diretor executivo de Operações da Gouvêa Ecosystem e diretor de Inteligência da MosaicLab, com os novos produtos, o Magalu se inspira e segue o caminho de outros grandes varejistas internacionais, como o Alibaba, conglomerado chinês dono da AliExpress e do braço financeiro Ant Group.

"É mais um movimento importante do Magalu, e que faz muito sentido. Eles dito em reuniões com investidores que estão montando um ecossistema muito robusto, e esse braço financeiro é um dos mais importantes para isso. Com as aquisições dos últimos anos, já era esperado pelo mercado que passariam a estender a oferta de produtos", analisa.

Yamashita também afirma que a oferta de produtos como cartão de crédito para as empresas que operam no
marketplace da companhia também se torna um fator de atração e retenção para novos negócios:

"A partir do momento que você tem um sistema robusto, não só atrai mais vendedores, mas mantêm eles ali. O Magalu tem que se mostrar competitivo, se não não vai ganhar esse mercado. E tem uma vantagem que é o conhecimento dos consumidores e das empresas que atuam no ecossistema, porque tem esses dados. Isso é um fator potencial inclusive de oferecer a melhor taxa de mercado se utilizarem bem esses dados."

(Agência O Globo)

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