Invest

Britânica escolhe ficar "um ano sem compras" e relata melhora na sua relação com dinheiro

Desafio permitiu economizar e reforçar laços pessoais enquanto reduzia despesas

Fernando Olivieri
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 15 de outubro de 2024 às 12h26.

Após anos lutando com dívidas, Mia Westrap, uma estudante de doutorado no Reino Unido, decidiu adotar um "ano sem compras" para mudar sua relação com o dinheiro. Com o objetivo de reduzir gastos e priorizar o essencial, a britânica eliminou despesas supérfluas e percebeu mudanças em diversos aspectos de sua vida. Ao fim do ano, além de aliviar o estresse financeiro, ela conseguiu economizar e construir relações mais significativas. As informações são da Business Insider.

Um novo estilo de consumo focado no essencial

Ao longo do ano, Westrap se limitou a gastar apenas com necessidades, evitando compras impulsivas. A única exceção foram ingressos para o cinema, uma atividade que trazia alegria e permitia uma pequena pausa em sua rotina de contenção. Residente próxima a um cinema, ela se permitia ir uma ou duas vezes ao mês, gastando em média 11 dólares (cerca de R$ 61,60).

Para manter-se dentro do orçamento, Westrap abandonou hábitos como refeições fora de casa e compras em pequenas lojas de conveniência. Ela priorizou a compra de alimentos em mercados para preparar suas próprias refeições e optou por água ao acompanhar amigos em saídas, substituindo bebidas pagas por uma alternativa gratuita.

O inverno britânico facilitou o início da experiência, pois o clima frio a desmotivou a sair de casa. Contudo, com a chegada do verão, ela encontrou dificuldades em resistir à tentação de adquirir roupas e frequentar locais como jardins de pubs. Adaptando-se, ela e seus amigos passaram a fazer piqueniques e caminhar, atividades de lazer sem custos adicionais.

O impacto na saúde mental

Mesmo com alguns deslizes pontuais, como a compra de alimentos em conveniências devido a imprevistos, Westrap se manteve comprometida com seu plano. As compras agora são mais ponderadas e direcionadas às suas necessidades reais, com uma abordagem menos materialista.

A experiência trouxe um sentimento de alívio e segurança financeira que Westrap não havia sentido antes. Pela primeira vez, ela conseguiu fechar o mês com um saldo positivo e, ao ter economias, sentiu-se mais tranquila para lidar com imprevistos. O controle sobre as finanças também a fez perceber a importância de contar com uma reserva, permitindo que, em uma emergência, pudesse ajudar quem estivesse ao seu redor.

Além dos ganhos financeiros, o "ano sem compras" também ajudou Westrap a fortalecer suas amizades. Momentos simples, como passar horas conversando em casa sem gastar nada, mostraram-se tão prazerosos quanto saídas caras. A honestidade sobre seu estado financeiro criou uma conexão mais profunda com seus amigos, que passaram a compartilhar também suas preocupações e desafios.

Westrap também reconhece que, em outras épocas, manteve relacionamentos por medo da instabilidade financeira. Com mais controle sobre suas finanças, ela agora sente-se mais independente e segura de suas escolhas, tanto pessoais quanto profissionais. Essa jornada a fez repensar seu consumo e a maneira como deseja seguir adiante, valorizando o que realmente importa e evitando o consumo automático que antes fazia parte de sua rotina.

Acompanhe tudo sobre:Reino UnidoComprasdicas-de-financas-pessoaisDinheiro

Mais de Invest

Alavancagem financeira: 3 pontos que o investidor precisa saber

Boletim Focus: o que é e como ler o relatório com as previsões do mercado

Entenda como funcionam os leilões do Banco Central no mercado de câmbio

Novo Nordisk cai 20% após resultado decepcionante em teste de medicamento contra obesidade