Arcabouço Fiscal: Omar Aziz apresenta o relatório na Comissão de Assuntos Econômicos (Edilson Rodrigues/Agência Senado/Flickr)
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 20 de junho de 2023 às 07h34.
Última atualização em 20 de junho de 2023 às 08h05.
As bolsas internacionais operam sem um sinal definido na manhã desta terça-feira, 20, enquanto investidores retornam do feriado nos Estados Unidos.
Os futuros americanos operam em queda, após as bolsas do país registrarem seus melhores desempenhos semanais desde março em reação à decisão do Federal Reserve (Fed) de pausar o aumento da taxa de juros. Investidores globais aguardam a ida do presidente do Fed, Jerome Powell, ao Congresso americano. Ele irá entregar o relatório de política monetária à Câmara no dia 21 e vai falar ao Senado no dia seguinte.
O mercado europeu segue cauteloso enquanto aguarda os dados de inflação do Reino Unido, que devem ser divulgados na quarta-feira. Na quinta, banco central britânico anuncia a sua decisão de política monetária. É esperado um aumento de 25 pontos-base na taxa de juros do país, uma semana depois que o Banco Central Europeu subiu e o Fed fez uma pausa no aperto monetário,
No mercado asiático, o fechamento foi misto, com leve alta da bolsa japonesa Nikkei e perdas nos índices chineses. A forte queda no índice de Hong Kong ocorreu pela avaliação do mercado de que o corte de juros realizado pela segunda maior economia do mundo não será o suficiente para impulsionar o crescimento do país.
No Brasil, os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central voltam a se reunir nesta terça-feira, 20, para a reunião de dois dias que definirá a taxa de juros Selic. A expectativa do mercado ainda é de manutenção da Selic no patamar de 13,75%, mas a decisão desta quarta-feira, 21, já é considerada uma das mais importantes dos últimos meses. Isso ocorre porque espera-se que, pela primeira vez, o Banco Central sinalize a possibilidade de redução dos juros.
O mercado deve seguir com um olhar atento no Senado. A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) analisa nesta terça-feira o relatório do arcabouço fiscal, finalizado por Omar Aziz (PSD-AM). O texto deve ser votado ainda hoje, mas um pedido de vistas de um dos membros da comissão pode postergar a votação para quarta ou até quinta-feira.
Omar Aziz (PSD-AM) e o relator do arcabouço na Câmara dos Deputados, Claudio Cajado (PP-BA), vão se reunir para debater os ajustes finais na manhã desta terça, antes da apresentação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Entre as possíveis alterações estão: mudanças no cálculo de inflação, a retirada do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e do Fundo Constitucional do Distrito Federal do limite fiscal. O relator no Senado quer um acordo com os deputados, já que mudanças na proposta a levariam de volta para votação no plenário da Câmara.
O Banco Popular da China cortou nesta terça-feira, 20, duas importantes taxas de juros pela primeira vez em 10 meses. O banco central chinês diminuiu a taxa básica de empréstimos de um ano em 10 pontos-base, de 3,65% para 3,55% e reduziu a taxa básica de empréstimos de cinco anos em 10 pontos básicos, de 4,3% para 4,2%. Economistas esperavam um corte mais profundo e acreditam que essa medida não terá força para sustentar o crescimento da segunda maior economia do mundo. Uma pesquisa da Reuters previa um corte mais profundo, de pelo menos 15 pontos-base na taxa de cinco anos.
No pregão desta segunda-feira, 19, o Ibovespa encerrou no maior patamar do ano, perto de 120.000 pontos. A bolsa brasileira subiu 0,90% ontem.
O dólar hoje fechou em queda, com menor cotação em mais de um ano, com queda de -0,92% a 4,775. Segundo projeção do Goldman Sachs, dólar ainda deve cair a R$ 4,40 até o fim do ano.
O horário de negociação na B3 vai das 10h às 17h. A pré-abertura ocorre entre 9h45 e 10h, enquanto o after-market ocorre entre 17h25 e 17h30. Já as negociações com o Ibovespa futuro ocorrem entre 9h e 17h55.