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Vamos ampliar serviços e crescer com menos custos, diz Christian Gebara, CEO da Vivo

Companhia recebeu R$ 530 bilhões de investimentos em 25 anos de consolidação no Brasil

Vivo: Christian Gebara, CEO da companhia, fala em evento sobre apliação de serviços digitais (Rebecca Crepaldi/Exame)

Vivo: Christian Gebara, CEO da companhia, fala em evento sobre apliação de serviços digitais (Rebecca Crepaldi/Exame)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 5 de março de 2024 às 12h20.

Última atualização em 5 de março de 2024 às 21h41.

Fortalecer a fibra óptica, expandir a cobertura móvel e levar o 5G para mais brasileiros fazem parte dos planos futuros da Vivo. Mas, além deles, os serviços digitais também estão na mira da companhia. “Queremos inserir serviços que não requerem Capex e podem trazer um crescimento de receitas sem custos”, disse Christian Gebara, CEO da Vivo, durante o Vivo Day, na manhã desta terça-feira, 5.

Segundo o CEO, o movimento ocorre após um pico de Capex em 2022, quando houve a aquisição de alguns serviços e produtos, como na compra de uma parte da Oi móvel. Mas, nos últimos anos, a empresa já tem feito movimentos para aumentar o retorno, como a busca pela expansão da sua parte de produtos digitais, que não exigem tantos custos.

“Em 2019, colocamos o propósito de digitalizar para aproximar. A digitalização aproxima as pessoas a um mundo melhor e aproxima as empresas a oportunidades que não conseguem alcançar no meio físico. Queremos expandir a digital para o país”, afirma o CEO, enfatizando que, em 25 anos de consolidação no Brasil, já foram investidos R$ 530 bilhões no crescimento da empresa.

Espaço para crescer em serviços digitais

Os serviços digitais focados em B2B cresceram mais de 25% e, em 2023, geraram uma receita de R$ 3,3 bilhões. O montante representa 27% das receitas B2B e aproximadamente 6,5% da receita total, que em 2023, foi de R$ 52,1 bilhões, um crescimento de 17,60% quando comparado a 2019.

Entre os serviços, estão Cloud, Cibersegurança, IoT, Big Data, Open Gateway e serviços de networking. Segundo Débora Bortolasi, diretora executiva B2B, hoje, somente 10% da base de clientes da Vivo estão conectadas com esses serviços digitais, o que demonstra que há muito espaço para crescimento.

“Falando de IoT e Big Data, temos uma atuação mais distribuída entre diferentes setores da economia, como mobilidade, indústria 4.0, que passa por uma forte transformação de automação, o mercado de varejo, de agro e de utilities. A receita desses dois segmentos já cresceu 85% entre 2021 e 2023 e já temos mais de 40 mil clientes”, comenta Débora.

Segundo a diretora, dois projetos se destacam nessa parte: um com a Vale (VALE3) e outra com a Petrobras (PETR3; PETR4), em que seguem fazendo investimentos fortes em cobertura, com a adoção de novas tecnologias.

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