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Vacina contra câncer da Moderna mostra resultados promissores e ações sobem 4% entenda como funciona

Imunizante da Moderna mostra resultados positivos e faz ações da empresa subirem

Fernando Olivieri
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 4 de junho de 2024 às 08h54.

Última atualização em 4 de junho de 2024 às 14h27.

A vacina experimental da Moderna contra câncer de pele apresentou dados positivos no ensaio clínico apresentado pela empresa na última segunda-feira (3). O imunizante usa o medicamento Keytruda, da Merck, em pacientes com melanoma em estágio avançado. As informações são do Quartz. As ações da Moderna subiram quase 4% depois do anúncio.

Os resultados clinicamente significativos do estudo foram divulgados na segunda-feira no encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) em Chicago, Estados Unidos. O estudo de fase 2b envolveu 157 pacientes com melanoma em estágio III ou IV que tiveram a maior parte de seus tumores removidos cirurgicamente. Cerca de dois terços dos pacientes foram tratados com a vacina experimental mRNA-4157 (V940) da Moderna e o Keytruda da Merck; o terço restante foi tratado apenas com Keytruda.

Após cerca de três anos, os pacientes que receberam o tratamento combinado tiveram um risco 49% menor de recorrência do câncer ou morte, em comparação com aqueles que receberam apenas Keytruda. O risco de disseminação do câncer foi 62% menor. Aproximadamente 75% dos pacientes no tratamento combinado estavam vivos dois anos e meio após o início do tratamento, em comparação com 56% que receberam apenas Keytruda.

Tecnologia mRNA

“Essas descobertas reforçam nosso compromisso de avançar nesse tratamento inovador em colaboração com a Merck, e estamos dedicados a utilizar a tecnologia mRNA para potencialmente transformar a terapia do câncer e melhorar os resultados dos pacientes”, disse o vice-presidente sênior e chefe de desenvolvimento, terapêutica e oncologia da Moderna em um comunicado à imprensa.

A vacina contra o câncer da Moderna usa a mesma tecnologia de mRNA usada para desenvolver sua vacina contra COVID-19. A vacina personalizada contra o câncer é adaptada à assinatura genética única do tumor de cada indivíduo. Os pesquisadores analisam os genes de um paciente e seu tumor para encontrar até 34 mutações que podem ajudar o corpo a lutar contra o câncer. Essas mutações são então usadas para carregar uma molécula de mRNA que instrui o sistema imunológico do paciente sobre a melhor forma de combater as mutações encontradas apenas nas células cancerosas.

A Moderna informou que iniciou um ensaio clínico de fase 3 para testar o tratamento combinado em pacientes com melanoma de alto risco e câncer de pulmão não pequenas células.

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