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Elon Musk anuncia que Tesla vai demitir mais de 10% dos funcionários, diz Reuters

No início do mês, a montadora cancelou o projeto de um veículo elétrico mais barato

As ações da Tesla caíram 31% até o momento neste ano (Jeremy Moeller/Getty Images)

As ações da Tesla caíram 31% até o momento neste ano (Jeremy Moeller/Getty Images)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 15 de abril de 2024 às 11h35.

Última atualização em 15 de abril de 2024 às 15h04.

A Tesla demitirá mais de 10% de sua força de trabalho global, de acordo com um memorando interno obtido pela Reuters nesta segunda-feira, 15. A maior montadora do mundo em valor de mercado tinha 140.473 funcionários em dezembro de 2023, segundo seu último relatório anual. O memorando não informou quantos empregos seriam afetados.

Alguns funcionários da Califórnia e do Texas já foram notificados sobre as demissões. "Enquanto preparamos a empresa para nossa próxima fase de crescimento, é extremamente importante analisar todos os aspectos da empresa para reduzir custos e aumentar a produtividade", disse o CEO da Tesla, Elon Musk, no memorando.

"Como parte desse esforço, fizemos uma análise minuciosa da organização e tomamos a difícil decisão de reduzir nosso quadro de funcionários em mais de 10% em todo o mundo", disse.

As ações caíram 3% no início do pregão desta segunda.

As demissões seguem um relatório no início do mês em que mostrou a Tesla cancelando o projeto de um carro barato prometido há muito tempo 0 modelo custaria US$ 25 mil e os investidores estavam animados com a possibilidade de aquecer o mercado de elétricos. Musk havia dito que o carro, conhecido como Modelo 2, começaria a ser produzido no final de 2025.

Logo após a publicação da história, Musk postou no X que "A Reuters está mentindo", sem detalhar quaisquer imprecisões. Ele não comentou mais sobre o carro desde então, deixando os investidores e analistas especularem sobre seu futuro.

A carta desta segunda-feira para a equipe marca a segunda vez que Musk disse que reduziria o número de funcionários em 10%. Em 2022, o bilionário disse aos executivos que tinha um "pressentimento muito ruim" sobre a economia e que precisava cortar empregos na montadora. A Tesla nunca descreveu quantos empregos cortou em 2022, mas seu número total de funcionários aumentou.

As ações da Tesla caíram 31% até o momento neste ano, com desempenho inferior ao de montadoras tradicionais, como a Toyota Motor e a General Motors, cujas ações subiram 45% e 20%, respectivamente, graças a uma lenta transição do consumidor de modelos tradicionais para os elétricos.

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