Pedro Henrique Feres, CEO da TC Investimentos (TC/Divulgação)
Guilherme Guilherme
Publicado em 9 de junho de 2022 às 22h29.
Última atualização em 10 de junho de 2022 às 08h49.
O TC (TRAD3) anunciou nesta quinta-feira, 9, compra da corretora Dibran, acelerando a estratégia de se tornar uma plataforma integrada de serviços para investidores.
A corretora, fundada em 1978, era especializada operações de câmbio, com soluções para remessas internacionais e comércio exterior.
“A Dibran já tem uma estrutura pronta em termos de licença, o que deve ser mais rápido do que fazer uma corretora do zero. Ganhamos maturidade, tecnologia e compliance trazendo junto à aquisição toda a estrutura com equipe pronta e fluxo”, afirmou Pedro Henrique Feres, CEO da TC Investimentos em entrevista à EXAME Invest.
A expectativa é de que o todo o processo de compra leve entre 6 e 18 meses, dependendo do tempo de análise de órgãos reguladores, como o Banco Central.
O papel da Dibran dentro do TC é visto como peça-chave para potencializar as sinergias do grupo. A companhia já realizou quatro aquisições desde o IPO feito no ano passado e uma série de investimentos em participações minoritárias.
“Estamos bastante otimistas com o que vem pela frente. Este é um marco muito importante para o TC”, disse Pedro Henrique Feres.
O objetivo da aquisição, segundo o executivo, é turbinar as frentes operacionais da companhia com a base de investidores que já utilizam os serviços do TC. “Não estamos olhando para os clientes e receita que a Dibran já têm, que devem ser insignificantes em relação ao tamanho do projeto que queremos fazer após a aprovação."
Parte da estratégia visa incorporar os ativos sob custódia (AUC, na sigla em inglês) de clientes do TC, estimados em R$ 100 bilhões.
“Os clientes já usam nossos serviços e poderão de fato operar dentro do TC. Isso gera uma sinergia muito grande. Acreditamos em uma conversão razoavelmente grande no potencial de AUC trazidos de outras empresas”
Ter uma corretora dentro de casa também deve facilitar a estruturação, originação e distribuição de diferentes produtos pelo TC, de acordo com o executivo.
“Acreditamos que o TC pode ser a terceira via. Há muito espaço no mercado brasileiro como um todo e seremos uma opção bastante competitiva no mercado”, disse o CEO.
Os modelos de negócio que poderão surgir com a operação estão sendo desenvolvidos. A ideia, contou Pedro Henrique, será criar planos de acordo com o perfil dos clientes.
“Haverá diversas formas de cobrança, passando por mais baratas ou inexistentes até mais qualificadas. Atenderemos vários tipos de clientes, do varejo a qualificados, então há diversos modelos comerciais possíveis.
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