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Sinqia tem receita recorde, mas registra queda de 64% no lucro

Receita líquida da companhia sobe para R$ 151,8 mi, um ganho de de 72% na comparação anual

Sinqia: crescimento orgânico da companhia chegou a 24% (Sinqia/Divulgação)
BQ

Beatriz Quesada

Publicado em 11 de agosto de 2022 às 20h23.

Última atualização em 11 de agosto de 2022 às 20h41.

A empresa de software Sinqia (SQIA3), que oferece soluções de tecnologia para o mercado financeiro, teve lucro líquido de R$ 1,7 milhão em seu balanço do segundo trimestre, uma queda de 64% frente ao mesmo período do ano anterior.

Já o lucro líquido ajustado, que desconsidera efeitos extraordinários, foi de R$ 10,49 milhões, alta de 21,9% frente ao mesmo período do ano anterior.

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A diferença no resultado divulgado na noite desta quinta-feira, 11, pode ser explicada, principalmente, pelas recentes aquisições da companhia. O resultado é o primeiro a incorporar as últimas três aquisições da empresa: LOTE45, uma das principais empresas em software para gestão de portfólio e controle de riscos, a NewCon, líder no mercado de softwares para administradoras de consórcio e a Mercer Seguridade, braço de previdência da Mercer Brasil.

As aquisições impulsionaram os custos de depreciação e amortização, e representaram, ainda, um aumento nos gastos com imposto de renda.

“Existe um volume muito grande de amortização de ágil vindo das nossas aquisições. Como compramos muitas empresas, a linha de amortização é muito alta, mas é uma despesa contábil que não influencia no caixa [uma vez que foi paga em exercícios passados]”, explica Thiago Rocha, diretor vice-presidente de estratégia, finanças e relação com investidores da companhia. O impacto de amortizações foi de R$ 10,1 milhões.

No campo positivo, as aquisições impactaram positivamente a receita da companhia, que alcançou um resultado recorde. A receita líquida foi de R$ 151,8 milhões, alta de 72,9% sobre o mesmo período do ano anterior, com crescimento orgânico de 23,5%.

Considerando a integração das empresas adquiridas, o Ebitda , principal indicador de caixa operacional da companhia, saltou para R$ 37 milhões, alta de 92,1%. Já o Ebitda ajustado, que inclui aquisições e efeitos não-recorrentes, chegou a R$ 39 milhões, com crescimento de 101,1% na comparação anual.

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Após o resultado histórico, a Sinqia reforça seu foco em consolidar as aquisições já feitas e focar no crescimento orgânico da integração de seus negócios. O crescimento orgânico da empresa alcançou o patamar de 24% no segundo trimestre, que, segundo Rocha, é o melhor patamar apresentado em muitos anos. O diretor afirma que o resultado é sustentável, e deve ser impulsionado com uma estratégia cross-sell, que inclui a venda de produtos complementares ou relacionados.

“Nossos clientes gastam bilhões de reais por ano em softwares aplicativos e nossa participação nesses gastos ainda é pequena mesmo com uma oferta diversa de produtos. Existe um grande potencial de crescimento orgânico nesse sentido”, afirma Rocha.

Outro foco da empresa para os próximos meses é o ganho de lucratividade por meio da integração das empresas adquiridas.

“Vemos muitas oportunidades na integração de produtos. Nós temos dois produtos iguais de previdência, outros seis semelhantes para consórcio: tudo isso será unificado, gerando uma série de ganhos daqui para frente”, destaca Rocha.

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