Londres: PIB do Reino Unido avançou 0,1% no terceiro trimestre de 2025 (JUSTIN TALLIS / AFP/Getty Images)
Repórter
Publicado em 22 de dezembro de 2025 às 07h21.
Os mercados iniciam a semana nesta segunda-feira, 22, em ritmo reduzido por causa do feriado de Natal. As negociações ocorrem normalmente até terça-feira tanto na B3 quanto em Wall Street.
Na quarta-feira, véspera de Natal, as bolsas de Nova York e o mercado de Treasuries operam em horário restrito, enquanto o Ibovespa já não abre. Na quinta-feira, 25, ambos permanecem fechados, voltando a operar normalmente na sexta-feira, 26.
No cenário doméstico, Legislativo e Judiciário entraram em recesso após semanas de alta temperatura política. No apagar das luzes, o Congresso Nacional aprovou o Orçamento de 2026, com reserva de R$ 61 bilhões para emendas parlamentares e previsão de superávit de R$ 34,5 bilhões.
Na B3, o Ibovespa encerrou o pregão de sexta-feira, 19, em alta de 0,35%, aos 158.473 pontos, mas acumulou queda de 1,43% na semana.
A agenda desta segunda-feira começou cedo no exterior com a divulgação do PIB do Reino Unido, que registrou crescimento de 0,1% no terceiro trimestre de 2025 ante o trimestre anterior, resultado de acordo com as estimativas do mercado.
No Brasil, a agenda de indicadores começa às 8h25, com a divulgação do Boletim Focus, que reúne projeções do mercado para inflação, juros, câmbio e crescimento. Às 10h, sai a Pesquisa Firmus do quarto trimestre, que mostra as expectativas das empresas sobre o cenário econômico.
Às 10h30, a Receita Federal publica os dados de arrecadação federal de novembro, e no mesmo horário o Federal Reserve de Chicago divulga o índice de atividade nacional, medida referente a setembro.
À tarde, às 14h, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, participa de uma reunião com executivos do banco Inter.
Às 15h, a Secex divulga a balança comercial semanal. Na sequência, às 16h, a Argentina publica seu dado de atividade econômica de outubro.
Ao longo do dia também ocorre a reunião do Comitê Permanente do 14º Congresso Popular Nacional da China.
O tema das emendas parlamentares voltou ao centro do noticiário após o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, suspender, no último domingo, 21, um artigo de projeto aprovado pelo Congresso que permitia a revalidação de emendas canceladas nos últimos anos. A liminar ainda será submetida ao plenário do STF, sem data definida para julgamento.
O dispositivo autorizava o pagamento, até 2026, de restos a pagar não processados desde 2019, incluindo emendas de comissão e antigas emendas de relator, estas últimas associadas ao chamado “orçamento secreto” e declaradas inconstitucionais pelo STF em 2022.
A decisão atende a pedido de parlamentares do Psol e da Rede Sustentabilidade, que apontaram risco de reabertura indireta desse mecanismo. Segundo os autores da ação, o impacto potencial seria de R$ 1,9 bilhão, sendo cerca de R$ 1 bilhão ligado às antigas emendas de relator.
No noticiário externo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conversou no domingo com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer.
Segundo o governo britânico, os dois discutiram a guerra na Ucrânia, a situação em Gaza e esforços para um eventual acordo de paz.
A conversa ocorre em meio a tensões entre Londres e Washington, que envolvem tarifas sobre o aço britânico, cooperação tecnológica e uma ação judicial de Trump contra a BBC.
O ouro bateu novo recorde nesta segunda-feira, 22, ao alcançar US$ 4.420,01 por onça, e fechou o dia cotado a US$ 4.411,01, com alta de 1,7%. Os contratos futuros para fevereiro encerraram em US$ 4.444,00, avanço de 1,3%.
A valorização anual do metal já chega a 67%, impulsionada por demandas de proteção e expectativas de corte nos juros dos Estados Unidos. Segundo analistas de mercado, o ambiente de taxas menores favorece ativos que não oferecem rendimento, como o ouro.
Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam em alta nesta segunda-feira, 22, após o banco central da China manter inalteradas as taxas de juros de referência. O PBoC deixou a taxa básica de um ano em 3% e a de cinco anos em 3,5%, decisão esperada pelo mercado.
A bolsa de Hong Kong avançou 0,43%, enquanto o CSI 300 subiu 0,95% na China continental. No Japão, o Nikkei 225 saltou 1,84%, na esteira da decisão recente do Banco do Japão de elevar os juros para 0,75%, e o Topix ganhou 0,64%.
Os mercados da Coreia do Sul e da Austrália também fecharam em alta, com destaque para o sul-coreano Kospi, que avançou 2,12%.
Na Europa, os mercados abriram em queda, devolvendo parte do otimismo visto na semana passada. Por volta das 7h04 (horário de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 recuava 0,19%, após ter atingido máxima histórica no último pregão.
As principais bolsas operavam no vermelho, com o DAX da Alemanha em leve baixa de 0,03%, o CAC 40, de Paris, caindo 0,33%, e o FTSE 100, de Londres, recuando 0,47%.
Já os futuros dos Estados Unidos operavam em alta na manhã desta segunda-feira, em uma semana encurtada pelo feriado de Natal. O futuro do Nasdaq 100 avançava 0,55%, enquanto os contratos do S&P 500 subiam 0,34% e os do Dow Jones tinham alta de 0,09%, sinalizando abertura positiva em Wall Street.