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PEC adiada, PL multado, IPCA-15, feriado nos EUA, jogo do Brasil e o que mais move o mercado

Bolsas avançam no exterior ainda digerindo ata do FOMC; sem EUA e com estreia de Seleção na Copa, expectativa é de menor liquidez no pregão desta quinta

Geraldo Alckmin, vice-presidente eleito e líder da equipe de transição: PEC foi adiada, sem acordo entre parlamentares (WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO/Estadão Conteúdo)

Geraldo Alckmin, vice-presidente eleito e líder da equipe de transição: PEC foi adiada, sem acordo entre parlamentares (WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO/Estadão Conteúdo)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 24 de novembro de 2022 às 07h46.

Última atualização em 24 de novembro de 2022 às 08h47.

Bolsas internacionais apresentam leve alta na manhã desta quinta-feira, 24, com investidores ainda digerindo a ata do FOMC, o comitê de política monetária do Federal Reserve (Fed). O documento divulgado na última tarde reforçou a possibilidade de o Fed reduzir o ritmo de alta de juros na próxima reunião, em dezembro, para 0,50 ponto percentual.

A expectativa de uma política monetária mais branda nos Estados Unidos impulsionou as bolsas de Wall Street, que fecharam em alta na véspera. Bolsas da Europa, que já estavam fechadas na hora da publicação da ata, sobem nesta manhã.

"Se a decisão de novembro do FOMC falhou em sinalizar de forma convincente uma mudança para uma postura mais dovish, as atas dessa reunião – divulgadas ontem – foram certamente mais eficazes nessa direção", pontuaram estrategistas do banco europeu ING em relatório desta manhã.

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Liquidez em baixa

O pregão de quarta-feira, 23, foi o último antes da pausa em Wall Street para o feriado de Ação de Graça. Sem o principal mercado do mundo nesta quinta, a expectativa é de menor liquidez global. Ainda que com menos negociações, o mercado de futuros de Nova York segue funcionando.

Além do feriado americano, outro fator deve afetar a liquidez do mercado brasileiro: a Copa do Mundo, dado que a Seleção Brasileira irá estrear na competição às 16 horas desta quinta. Mesmo com a bolsa aberta durante o jogo, são esperados poucos negócios para as últimas horas de pregão. O investidor -- especialmente o brasileiro -- também gosta de futebol.

TSE nega pedido "esdrúxulo"

Embora seja esperado um dia mais morno nesta quinta, o mercado segue em estado de alerta para os riscos políticos. Um deles, o de anulação de votos do segundo turno, já caiu por terra, após o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, ter negado o pedido do Partido Liberal (PL), que não apresentou provas sobre as alegações de falhas nas urnas dentro do período de 24 horas definido pelo TSE.

Moraes ainda foi além, classificando o pedido do PL como "esdrúxulo" e aplicando uma multa de R$ 22,9 milhões sobre a coligação do presidente Jair Bolsonaro por litigância de má-fé.

Sem acordoo, PEC da Transição é adiada

Mas outro risco político, que tem sido muito mais relevante para o mercado, segue vivo: o das negociações da PEC da Transição. A expectativa era de que o texto final fosse apresentado na véspera, mas desacordos sobre o valor extra-teto adiaram a apresentação da proposta, que visa deixar de fora o Bolsa Família do teto de gastos.

Segundo declarações do líder do Partido dos Trabalhadores (PT) no Senado, Paulo Rocha, à agência de notícias da casa, o PT aceitou em estipular um prazo de validade de 4 anos para que o programa fique fora do teto.

A ideia inicial do PT era deixar manter o programa fora do teto por tempo indefinido. O único consenso no Senado, afirmou Rocha, é o de liberar R$ 50 bilhões para a manutenção do auxílio de R$ 600 por família do programa. De acordo com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o texto da PEC deverá ser apresentado até esta sexta-feira, 26.

IPCA-15

O principal dado do dia será o IPCA-15 de novembro, que será divulgado pelo IBGE às 9h. A expectativa é de que a prévia da inflação do mês apresenta alta de 0,56%, caindo de 6,85% para 6,21% no acumulado de 12 meses. O IPCA-15 vem desacelerando desde maio, quando bateu pico de 12,20%.

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