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PCE dos EUA, Caged e repercussão do balanço da Vale (VALE3): o que move o mercado

Mercados internacionais operam em alta, mas Ibovespa futuro cai, ainda impactado por IPCA-15 acima do esperado

Radar: investidores globais aguardam dados da inflação americana (fotog/Getty Images)

Radar: investidores globais aguardam dados da inflação americana (fotog/Getty Images)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 26 de julho de 2024 às 08h22.

Os mercados internacionais operam em um tom mais de otimismo nesta sexta-feira, 26. Após um movimento de liquidação nas bolsas dos Estados Unidos nesta semana, por conta dos balanços frustrantes das big techs, os índices futuros americnaos sobem à espera de dados da inflação americana. Já na Europa, as bolsas abriram em terreno positivo na esteira dos futuros de NY e de olho em balanços corporativos locais.

Na Ásia, os mercados também fecharam majoritariamente em alta de olho em dados da inflação dos EUA. Por aqui, apesar do balanço positivo da Vale (VALE3) poder puxar a bolsa para cima na sessão desta sexta, o Ibovespa futuro cai, com investidores ainda de olho no Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) que veio acima do esperado e mostrou que a inflação ainda está pressionada no Brasil.

PCE dos EUA

Na agenda dos indicadores, o destaque hoje é para a divulgação do Índice de Preço de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos às 9h30. O PCE é a métrica de inflação preferida do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) e pode dar mais sinais sobre o início do corte de juros por lá.

Ontem, dados do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre de 2024 preocuparam investidores. De acordo com o Departamento de Análises Econômicas, o PIB dos EUA cresceu 2,8% no período, bem acima do esperado. O consenso LSEG previa uma alta de 2% - e era justamente o que o mercado temia: que o indicador viesse acima de 2% e mostrasse uma economia mais aquecida, atrasando o ciclo de cortes de juros pelo Fed.

A expectativa, agora, é que o PCE registre um avanço mensal em 0,10% no núcleo em junho, ante anterior de 0,08% em maio, segundo o consenso LSEG. Isso faria com que a inflação acumulada permanecesse no patamar atual de 2,5% em 12 meses. A meta de inflação do Fed é de 2%.

Caged

No Brasil, investidores acompanham a divulgação, às 14h, do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) pelo Ministério do Trabalho. Em maio, o Brasil abriu 131.811 vagas de emprego formal, com dados impactados pelas demissões no Rio Grande do Sul, ocasionadas pelas enchentes que alastraram o estado.

Vale (VALE3)

O mercado também repercute o aumento significativo no lucro da Vale (VALE3). Nesta última quinta-feira, 26, a mineradora divulgou seu balanço do segundo trimestre de 2024 e mostrou um lucro líquido de US$ 2,76 bilhões de abril a junho, acima dos US$ 2,092 bilhões estimados pelo consenso Bloomberg.

Na comparação com igual período do ano passado, quando a mineradora registrou um lucro líquido de US$ 892 milhões, o lucro teve uma alta de 210%. Em comparação ao trimestre imediatamente anterior, o lucro da Vale avançou 65% ante o US$ 1,679 milhão registrado. O lucro acima do esperado já impacta os ADRs da Vale, que sobem 1,40%, a US$ 10,85, no pré-mercado de Nova York, às 7h52.

A companhia teve uma receita líquida de US$ 9,92 bilhões, alta de 3% na comparação anual e avanço de 17% frente ao trimestre anterior. Já o Ebitda (Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização, na tradução) ajustado, foi de US$ 3,99 bilhões, baixa de 1% frente ao mesmo período do ano anterior. Na comparação trimestral, os ganhos foram de 17%.

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