Braskem: Paraiso Ramos, que volta agora à petroquímica, conduziu a venda da Ocyan (Novonor/Divulgação)
Repórter Exame IN
Publicado em 4 de novembro de 2024 às 11h45.
Última atualização em 4 de novembro de 2024 às 11h45.
Roberto Bischoff vai dexar o comando da Braskem no fim deste mês. A mudança acontece depois de dois anos liderando a empresa em um período desafiador marcado por quedas cíclicas no setor petroquímico.
Bischoff liderou a petroquímica na expansão de operações em eteno verde e em uma parceria com a SCG Chemicals, na Tailândia. Sob sua gestão, a companhia também avançou 88% na construção do Terminal de Recebimento de Etano (TQPM) no México.
Para sucedê-lo, a Novonor (ex-Odebrecht), acionista controladora da Braskem, indicou Roberto Prisco Paraiso Ramos, figura conhecida do setor e do grupo. Na Braskem, foi vice-presidente entre 2002 e 2010, liderando o Projeto Etileno XXI no México.
Mais recentemente, como CEO da Ocyan, ele conduziu o processo de desinvestimento da Novonor no setor de óleo e gás -- uma etapa crítica para a reestruturação do grupo -- vendendo a companhia para o fundo americano EIG e para a empresa de private equity Lake Capital.
A nomeação de Ramos será submetida à aprovação do conselho de administração da Braskem. O movimento acontece em meio à busca para um novo sócio na Braskem, que recebeu ao longo dos últimos dois anos ofertas da Apollo, da Adnoc e da Unipar. A Apollo desistiu oficialmente do ativo em setembro do ano passado.