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Meta (M1TA34), dona do Facebook, tem queda de 36% no lucro do 2T22

Esse foi o primeiro trimestre em que a Meta registou uma redução da receita

Meta (M1TA34) (LightRocket/Getty Images)
CC

Carlo Cauti

Publicado em 27 de julho de 2022 às 17h43.

Última atualização em 27 de julho de 2022 às 18h15.

A Meta (M1TA34), controladora do Facebook, Instagram e Whatsapp, divulgou nesta quarta-feira, 27, os resultados do segundo trimestre de 2022.

O lucro líquido da Meta caiu 36% na comparação anual, passando de US$ 10,39 bilhões em 2021 para US$ 6,68 bilhões em 2022.

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No semestre, o lucro líquido diminuiu 28,8%, passando de US$ 19,89 bilhões em 2021 para US$ 14,15 bilhões em 2022.

A receita também diminuiu, mas somente de 1%, passando de US$ 29,07 bilhões em 2021 para US$ 28,82 bilhões em 2022.

No semestre, entretanto, a receita aumentou, passando de US$ 55,24 bilhões em 2021 para US$ 56,72 em 2022.

Os usuários ativos cotidianamente no Facebook (DAUs) foram 1,97 bilhão em média em junho de 2022, um aumento de 3% na comparação anual. Uma alta maior do que os Usuários ativos mensais (MAUs), que chegaram a 2,93 bilhões, alta de 1%.

"Foi bom ver uma trajetória positiva em nossas tendências de engajamento neste trimestre provenientes de produtos como Reels e nossos investimentos em IA", escreveu Mark Zuckerberg, fundador e CEO da Meta, no relatório de resultados.

Primeira queda na receita da Meta (M1TA34) é sinal de alerta para analistas

Esse foi o primeiro trimestre em que a Meta registou uma redução da receita, provocada pela concorrência crescente do TikTok além do ambiente macroeconômico adverso.

A empresa de Zuckerberg está enfrentando um mercado mais desafiador, com a inflação crescente e outros fatores que estão causando uma desaceleração nos gastos com publicidade digital.

A Alphabet (GOGL34), controladora do Google, que divulgou na última na terça-feira, 26, seus resultados trimestrais, também está enfrentando os mesmos problemas.

A taxa de crescimento da Alphabet foi a mais lenta desde o segundo trimestre de 2020, quando a pandemia reduziu a demanda por publicidade.

Uma situação parecida a do Twitter (TWTR34), que reportou um prejuízo no trimestre.

Mudanças importantes para tentar manter o engajamento dos usuários

A Meta está passando por um período de transição para tentar aumentar o engajamento dos usuários.

Zuckerberg chegou a anunciar que a empresa utilizaria inteligência artificial para recomendar conteúdo para usuários do Facebook e Instagram, em vez de apenas mostrar aos usuários conteúdo de contas que eles já seguem.

Esse esforço imita uma das características de assinatura do rival TikTok, que, segundo Zuckerberg, representa uma forte concorrência para o Meta.

As ações da Meta perderam cerca de metade de seu valor desde o início do ano, passando de US$ 338,54 para US$ 169,58, ressaltando a preocupação dos investidores sobre o principal negócio da empresa: a publicidade.

Essa divisão de negócios foi prejudicada pela atualização de privacidade do sistema operacional iOS da Apple no ano passado, que limitou a capacidade do Meta de rastrear usuários.

Além disso, o enfraquecimento econômico levou algumas empresas a reduzir seus orçamentos de anúncios.

Nas contratações pós-mercado, as ações da Meta despencaram 4,81% no Nasdaq, refletindo o sentimento do mercado com a divulgação dos resultados.

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