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IPCA, pesquisa Genial/Quaest e acordo entre Israel e Hamas: o que move os mercados

O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, faz um breve discurso às 9h30, seguido por falas de outros dirigentes do banco ao longo do dia

Supermercado: a inflação oficial brasileira, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desacelerou para 0,09% em outubro, após registrar 0,48% em setembro, segundo o IBGE. (Leandro Fonseca/Exame)

Supermercado: a inflação oficial brasileira, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desacelerou para 0,09% em outubro, após registrar 0,48% em setembro, segundo o IBGE. (Leandro Fonseca/Exame)

Publicado em 9 de outubro de 2025 às 07h56.

Esta quinta-feira, 9, começa com os mercados atentos à divulgação do IPCA de setembro, agendada pelo IBGE às 9h, e a uma nova rodada da pesquisa Genial/Quaest sobre a disputa presidencial de 2026. No cenário político, ainda repercute a derrota do governo na votação da MP 1303, que pode ampliar o buraco nas contas públicas em um ano eleitoral.

A agenda internacional segue marcada pela paralisação do governo dos Estados Unidos e pelas expectativas em torno da política monetária americana.

O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, faz um breve discurso às 9h30, seguido por falas de outros dirigentes ao longo do dia, em meio à leitura dos mercados sobre a ata do FOMC (Comitê Federal de Mercado Aberto) e as apostas de novos cortes de juros.

No ambiente geopolítico, o anúncio de um acordo entre Israel e Hamas para a libertação de reféns também domina as manchetes.

Nos EUA, os investidores monitoram os balanços corporativos. A PepsiCo divulga seus resultados antes da abertura do mercado, em meio às especulações sobre mudanças estratégicas na companhia. O desempenho das ações de tecnologia segue influenciado pelo rali recente ligado à inteligência artificial, enquanto o ouro recua levemente após a disparada que levou o metal a ultrapassar a marca histórica de US$ 4.000 por onça.

No radar hoje

No Brasil, a manhã começa com a divulgação da pesquisa Genial/Quaest às 7h, que mostra Luiz Inácio Lula da Silva ampliando a vantagem e mantendo a liderança em todos os cenários de primeiro e segundo turno para a eleição presidencial de 2026. A diferença do petista varia de 9 a 23 pontos percentuais, a depender do adversário, com destaque para o desempenho mais folgado contra Eduardo Leite.

Às 9h, além da divulgação do IPCA, o diretor de política monetária do Banco Central do Brasil, Nilton David, participa de um evento da Câmara de Comércio Espanhola.

No cenário político, o presidente Lula concentra a agenda na Bahia, com visita às instalações da BYD em Camaçari às 10h50 e inauguração de fábrica ao meio-dia.

À tarde, Lula participa de anúncios em Maragogipe às 16h30, enquanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, discursa no Fórum Brasileiro das Incorporadoras em São Paulo às 14h20.

No exterior, dirigentes do Fed voltam a falar ao longo do dia. A governadora Michelle Bowman participa de dois eventos, às 9h35 e às 16h45. Às 13h45, será a vez de Neel Kashkari, presidente do Fed de Minneapolis, ao lado do diretor Michael Barr. A agenda se encerra com a presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, que fala às 22h40 sobre a economia americana.

Mercados internacionais

Na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente em alta, impulsionadas pelo rali das ações do conglomerado de tecnologia SoftBank após o anúncio da compra da divisão de robótica da ABB por US$ 5,4 bilhões.

No Japão, o Nikkei 225 subiu 1,80% e o Topix avançou 0,68%. Na China, o CSI 300 ganhou 1,48% com forte desempenho de empresas de matérias-primas após Pequim endurecer as regras para exportação de terras-raras.

O Hang Seng Index caiu 0,29%, mesmo com a disparada das ações do Hang Seng Bank em meio à proposta de privatização feita pelo HSBC.

Na Índia, o BSE Sensex avançou 0,49% e o Nifty 50 subiu 0,54%, enquanto o S&P/ASX 200 da Austrália teve alta de 0,25%. Os mercados da Coreia do Sul ficaram fechados por feriado.

Na Europa, os índices operavam mistos por volta das 7h50 (horário de Brasília). O DAX subia 0,19% em Frankfurt, e o CAC 40 avançava 0,17% em Paris. O STOXX 600, referência do continente, recuava 0,25%, enquanto o FTSE 100 caía 0,42% em Londres, pressionado pelas ações do setor bancário após o movimento de privatização do Hang Seng.

Nos Estados Unidos, os contratos futuros operavam próximos da estabilidade. O Dow Jones Industrial Average subia 0,01%, enquanto os futuros do S&P 500 recuavam 0,04% e os do Nasdaq 100 caíam 0,08%, após o rali de tecnologia que levou a Nasdaq a superar os 23 mil pontos pela primeira vez na sessão anterior.

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