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Inflação dos EUA e condenação de Donald Trump: os assuntos que movem o mercado

Na volta de feriado de Corpus Christi, o investidor acompanha nesta sexta-feira, 31, a divulgação do PCE (índice de preço de consumo pessoal) de abril

Bolsas: dado mais importante do dia é a inflação americana (fotog/Getty Images)

Bolsas: dado mais importante do dia é a inflação americana (fotog/Getty Images)

Publicado em 31 de maio de 2024 às 08h30.

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Na volta de feriado de Corpus Christi, o investidor acompanha nesta sexta-feira, 31, a divulgação do PCE (índice de preço de consumo pessoal) de abril. O índice é um dos principais indicadores de inflação dos Estados Unidos e é utilizado pelo Federal Reserve (Fed) na política monetária. Os dados de inflação podem dar pistas do caminho a seguir sobre a taxa de juros no país.

Economistas consultados pela Dow Jones esperam um aumento de 2,7% ano a ano para o núcleo do PCE, ligeiramente abaixo da alta de 2,8% na leitura anterior. Em Wall Street, os índices futuros de Nova York operam em queda: Dow Jones (-0,15%), S&P (-0,30%) e Nasdaq (-0,50%).

Ontem, enquanto o mercado brasileiro estava fechado, foram divulgados dados do Produto Interno Bruto (PIB) americano. Os dados mostraram que a economia dos EUA cresceu menos do que o inicialmente previsto no primeiro trimestre devido a uma revisão para baixo nos gastos do consumidor. O PIB expandiu a uma taxa anualizada de 1,3% no período, ante estimativa anterior de 1,6%.

No radar dos investidores está também a condenação de Donald Trump. O ex-presidente americano foi condenador por fraude envolvendo pagamento de suborno a uma ex-atriz pornô. A decisão do júri foi anunciada no fim da tarde de quinta-feira. Com isso, Trump se torna o 1º ex-presidente dos EUA na história a ser condenado em um caso criminal. O republicano é também um dos principais candidatos na disputa pela Presidência dos EUA, e pode seguir na disputa mesmo após a condenação, embora em situação inédita e incerta.

Ásia e Europa

Os mercados acionários da Ásia não tiveram sinal único, nesta sexta-feira, 31. Entre os principais, a Bolsa de Tóquio subiu mais de 1%, mas Xangai registrou leve perda, após o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da China vir mais fraco que o previsto.

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial da China recuou de 50,4 em abril para 49,5 em maio, informou o Escritório Nacional de Estatísticas do país (NBS, na sigla em inglês). O resultado veio abaixo da expectativa dos analistas ouvidos pela FactSet, de estabilidade em 50,4. O indicador abaixo de 50 pontos aponta que a atividade econômica da China agora está em contração. Já o PMI de serviços recuou de 51,2 em abril para 51,1 em maio. O número permaneceu em território de expansão, mas veio abaixo das expectativas dos analistas da FactSet, que previam alta para 51,3.

Na Europa, as bolsas operam sem sinal único, com perda de fôlego após CPI da zona do euro. Os mercados acionários  não exibem sinal único, como já se via mais cedo, porém ainda perderam um pouco de força nesta sexta-feira após o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro, com números de inflação um pouco acima da previsão dos analistas, na preliminar de maio. Além disso, números do Produto Interno Bruto (PIB) foram divulgados, em quadro de expectativa pelo índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, importante sinal para a política monetária americana.

Às 6h50 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 operava em alta de 0,01%, em 516,56 pontos. O CPI da zona do euro subiu 2,6% na prévia de maio, na comparação anual, acelerando da alta de 2,4% vista em abril e acima da previsão de 2,5% dos analistas ouvidos pela FactSet. O núcleo também superou a previsão ao subir 2,9%, quando se esperava alta de 2,7%. O dado foi o mais recente sinal de inflação persistente na região, o que dificulta o trabalho de potencial relaxamento monetário pelo Banco Central Europeu (BCE).

*Com Estadão

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