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Ibovespa recupera 131 mil pontos com prévia da inflação; PCAR3, BRFS3 e VALE3 puxam altas

Pregão foi marcado pelo IPCA-15, dados da demanda dos consumidores dos EUA e pela temporada de balanços do 4T23

Painel da B3, a bolsa de valores brasileira (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)
Janize Colaço

Repórter de Invest

Publicado em 27 de fevereiro de 2024 às 10h37.

Última atualização em 27 de fevereiro de 2024 às 18h35.

O Ibovespa desta terça-feira, 27, fechou em alta. O principal índice da bolsa de valores brasileira subiu 1,09%, aos 131.020 pontos. A sessão foi marcada pela repercussão da prévia da inflação brasileira, que veio abaixo das projeções. Dos Estados Unidos vieram dados da demanda dos consumidores em janeiro, mas a maior expectativa está com o PCE na quinta-feira, 29. Além disso, a temporada de resultados do quarto trimestre do ano passado seguiu agitando o índice.

Antes da abertura do mercado, o IBGE divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de fevereiro , que fechou com alta de 0,78%. No ano, o indicador acumula alta de 1,09% e, nos últimos 12 meses, de 4,49%. Os números ficaram abaixo do consenso de mercado, que apontavam para uma alta de 0,82% no mês e de 4,52% no acumulado de 12 meses.

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"O IPCA-15 dá um certo respiro no meio de uma leva de indicadores que não têm sido muito positivos com resultados desfavoráveis. As expectativas para o índice eram elevadas e havia uma justificativa, principalmente por conta da pressão sazonal em Educação, e do carnaval. Ou seja, dois vetores inflacionários, além de um resquício dos efeitos do El Niño", disse a economista-chefe da CM Capital, Carla Argenta.

Ibovespa hoje

IBOV: +1,61%%, aos 131.689 pontos.

No campo dos juros, as taxas fecharam em queda devido à prévia da inflação abaixo do esperado pelo mercado. A taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 caiu para 9,985%, de 10,027% anterior. O DI para janeiro de 2026 recuou a 9,805%, de 9,909%, e o para janeiro de 2027 ficou em 10,000%, de 10,106%.

O que também foi divulgado na manhã de hoje foi o Boletim Focus — que costuma ser divulgado às segundas-feiras, mas foi adiada devido à greve dos funcionários do Banco Central. Nesta semana, o relatório mostrou que a estimativa dos economistas para a inflação de 2024 caiu de 3,82% para 3,80%. Também caiu a projeção para o próximo ano, saindo de 3,52% para 3,51%, enquanto para 2026 permanece em 3,50%.

Ainda nesta terça foram divulgados os pedidos de bens duráveis dos EUA, que trouxeram um retrato da demanda dos consumidores em fevereiro. Segundo o Conference Board, houve um recuo de 110,9 em janeiro (dado revisado, de 114,8 antes informado) para 106,7 neste mês. A expectativa do mercado era 111,9. O índice da situação atual recuou de 154,9 em janeiro a 147,2 em fevereiro. Já o de expectativas passou de 81,5 em janeiro a 79,8 em fevereiro. Apesar dos números de hoje, os investidores aguardam pelos que virão na quinta. O Índice de Preço sobre Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês) é o principal termômetro do Federal Reserve (Fed, banco central americano) para medir a inflação.

Radar corporativo

A valorização de 1,24% do minério de ferro em Dalian, na China, deu fôlego para a alta do índice brasileiro. A blue chip Vale (VALE3) terminou as negociações com alta de 2,63%. Junto dela, também subiram os seus pares dos setores de mineração, bem como de siderurgia e metalurgia. É importante lembrar que, na véspera, a commodity recuou à sua menor cotação em quatro meses e levou a uma queda conjunta das companhias na bolsa brasileira.

Por fim, a temporada de balanços do 4T23 segue a todo vapor. Na noite de ontem, a BRF (BRFS3), que ficou entre as maiores altas do dia, mostrou que conseguiu reverter prejuízo em lucro e animou os investidores. No fechamento do IBOV, os papéis do frigorífico ficaram com a segunda maior alta do dia. Outra companhia que apresentou resultados ontem foi a AES (AESB3), mas com a queda no lucro os papéis caíram 0,19%.

Outro destaque fica por conta da disparada do Pão de Açúcar (PCAR3), que liderou as altas do pregão, depois que o tribunal de Paris aprovou o plano de reestruturação de seu acionista controlador, o Casino Guichard-Perrachon.

Maiores altas do Ibovespa

Maiores quedas do Ibovespa

Dólar hoje

O dólar fechouem queda nesta terça-feira. Hoje, a moeda americana caiu 0,97%, a R$ 4,933. Na segunda-feira, o dólar fechou em queda de 0,80%, cotado a R$ 4,982.

Como é calculado o índice Bovespa?

Principal índice de ações da bolsa brasileira, a B3, o Ibovespa é calculado em tempo real , baseado na média do desempenho dessa carteira teórica de ativos, cada uma com seu peso na composição do índice.

Funcionando como um termômetro do desempenho consolidado das principais ações para o mercado, cada ponto do Ibovespa equivale a 1 real. Por isso, se o IBOV está em 100.000 pontos, isso quer dizer que o preço da carteira teórica das ações mais negociadas é de 100.000 reais.

Que horas abre e fecha a bolsa de valores?

O horário de negociação na B3 vai das 10h às 18h . A pré-abertura ocorre entre 9h45 e 10h, enquanto o after-market ocorre entre 18h25 e 18h45. Já as negociações com o Ibovespa futuro ocorrem entre 9h e 17h55.

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