Inflação dos EUA vem acima do esperado e derruba Ibovespa
Mercado brasileiro reage negativamente a indicador americano, apesar de IPCA ter vindo melhor do que as estimativas
Publicado em 10 de abril de 2024 às 10h36.
Última atualização em 27 de maio de 2024 às 11h03.
Mesmo com dados positivos no Brasil, o Ibovespa foi novamente impactado pelo mercado externo, e fechou em baixa nesta quarta-feira, 10. Em dia marcado pela divulgação de indicadores de inflação, o principal índice da B3 caiu 1,4%, aos 128.053 pontos.
Ibovespa hoje
- IBOV: -1,41%, aos 128.053 pontos
Por aqui, os dados vieram positivos. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de março veio abaixo do que o mercado estava projetando: uma alta de 0,16%, enquanto a mediana das expectativas apontava para avanço de 0,24%.
“Com os dados divulgados até o mês de março, algumas medidas de inflação subjacente estão cada vez mais próximas da meta de inflação e o índice cheio atingiu o patamar mais baixo dos últimos 9 meses. Os dados divulgados, então, sugerem que o processo de desinflação continua sólido mesmo com o aumento dos preços observado em fevereiro”, avaliou André Galhardo, consultor econômico da Remessa Online.
O mercado chegou a repercutir positivamente, mas virou para queda quando saíram os dados de inflação dos Estados Unidos. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) registrou alta de 0,4% em março. Com isso, a alta acumulada de preços ao consumidor no país nos últimos 12 meses ficou em 3,5%.
“O CPI nos EUA acima das projeções jogou um balde de água fria sobre as esperanças de queda dos juros americanos em junho, com a chance de manutenção subindo para quase 70%”, pontuou Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos.
Com juros mais altos na maior economia do mundo, as bolsas globais acabam penalizadas – em especial as de países emergentes como o Brasil. Ações mais sensíveis às taxas de juros ficam entre as maiores baixas do índice no dia. A maior baixa foi da Azul, com baixa de 6,93%.