Dólar sobe a R$ 5,65 em primeiro pregão de julho e bate máxima em 30 meses
Moeda acumula alta de 16,5% frente ao real no ano; recentes declarações do presidente Lula pesam sobre sentimento do mercado
Publicado em 1 de julho de 2024 às 17h28.
Última atualização em 1 de julho de 2024 às 17h33.
Em resposta, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que ajustes fiscais baseados apenas em aumento de receita são ineficazes, podendo levar a menos investimentos, menor crescimento e inflação mais alta. Suas observações vieram após mencionar o impacto negativo das falas de Lula nos preços dos ativos. Campos Neto também destacou que a desconfiança nas contas públicas eleva os juros de longo prazo e as expectativas de inflação.
“A troca de farpas entre Lula e Campos Neto deteriorou o mercado, afetando negativamente o dólar, os juros futuros e as ações brasileiras, resultando em desempenho inferior ao de outros mercados emergentes”, afirma Luiz Bazzo, CEO do Transferbank.
Piora das expectativas
Diante da recente alta do dólar, economistas vêm revisando as projeções da moeda para cima. O reflexo tem surtido no Focus, boletim do BC que agrega a mediana das expectativas do mercado para uma série de indicadores, entre eles o câmbio. No Focus divulgado nesta segunda, as projeções do câmbio tiveram altas significativas em suas medianas: de R$ 5,15 para R$ 5,20 (2024), de R$ 5,10 para R$ 5,15 (2025), de R$ 5,15 para R$ 5,19 (2026), e de R$ 5,18 para R$ 5,20 (2027).