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BofA diz que é cedo para investidor apostar em rali de ações

Fundos globais de ações receberam entrada de US$ 5,6 bilhões, lideradas por papéis americanos, na semana até 27 de julho

Bank of America: “é muito cedo para se reposicionar para um bull market com o Fed” (Michael Nagle/Bloomberg via/Getty Images)

Bank of America: “é muito cedo para se reposicionar para um bull market com o Fed” (Michael Nagle/Bloomberg via/Getty Images)

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Bloomberg

Publicado em 29 de julho de 2022 às 12h47.

Investidores estão colocando dinheiro em fundos de ações pela primeira vez em seis semanas devido ao otimismo em relação ao Federal Reserve e a expectativa de desaceleração da alta de juros, mas estrategistas do Bank of America dizem que ainda é muito cedo para se posicionar para um bull market.

Fundos globais de ações receberam entrada de US$ 5,6 bilhões, lideradas por papéis americanos, na semana até 27 de julho, segundo nota do banco, citando dados da EPFR Global. Sinalizando cautela persistente, a moeda liderou as entradas com US$ 27 bilhões, enquanto os títulos tiveram sua maior adição desde março, US$ 3,6 bilhões. Ao ouro, restou US$ 0,9 bilhão.

“Já que o catalisador do bear market foi a reprecificação das taxas de juros, a queda dos yields e a alta das ações fazem sentido”, disseram estrategistas liderados por Michael Hartnett em nota. Ainda assim, eles reiteraram sua visão de que este foi um rali de bear market e que as “verdadeiras mínimas” do S&P 500 estavam abaixo de 3.600 pontos – cerca de 12% abaixo do fechamento da última sessão.

O forte rali de ações deste mês colocou o S&P 500 e o Stoxx 600 a caminho de seus maiores ganhos mensais desde novembro de 2020, com os investidores apostando que a maioria das notícias negativas foi precificada e os ganhos corporativos foram robustos até agora. Dados econômicos mais fracos nos EUA têm alimentado a ideia de que o Fed pode se tornar menos agressivo no aperto da política monetária.

Mas Hartnett, do Bank of America, diz que é “muito cedo para se reposicionar para um bull market com o Fed”. O catalisador para um “movimento final de baixa” seria uma recessão mais profunda do que o esperado para os próximos 12 meses, causada por fatores como inflação acima do previsto, novos problemas de geopolítica ou novas máximas no petróleo e uma estagflação ou crise de energia na Europa, disse o estrategista.

Estrategistas do Goldman Sachs também veem mais quedas para as ações europeias. “O mercado em geral é muito complacente com a fraqueza no crescimento e os riscos relacionados ao fornecimento de gás russo e à política italiana”, escreveram estrategistas liderados por Sharon Bell em nota de 29 de julho.

As ações europeias registraram saída de US$ 3,6 bilhões na semana passada, a vigésima quarta semana consecutiva de resgates, segundo a nota do Bank of America.

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