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Após vender US$ 3 bilhões, segundo leilão do Banco Central é cancelado

Segundo leilão seria de US$ 4 bilhões, mas operação foi cancelada devido a problemas no sistema no BC

Banco Central: política fiscal expansionista pressiona a inflação e deve levar a aumento de juros (Leandro Fonseca/Exame)

Banco Central: política fiscal expansionista pressiona a inflação e deve levar a aumento de juros (Leandro Fonseca/Exame)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 20 de dezembro de 2024 às 11h43.

Última atualização em 20 de dezembro de 2024 às 12h06.

O Banco Central (BC) vendeu US$ 3 bilhões à vista em novo leilão realizado na manhã desta sexta-feira, 20. Desde a semana passada, essa foi a sétima operação do tipo um dia depois de injetar US$ 8 bilhões à vista no mercado de câmbio, informou o BC em comunicado. No leilão, a autarquia aceitou oito propostas, com um diferencial de corte de 0,000100, entre às 9h15 e 9h20.

O segundo do dia seria de US$ 4 bilhões em um leilão em linha, divididos em duas operações, às 10h20 e 10h40. O Banco Central informou, no entanto, que ele foi cancelado por "problemas de sistema".

Com estas injeções adicionais, o BC fez a maior intervenção da história, em um total de US$ 23,760 bilhões em dezembro desde o dia 12 de dezembro. O recorde até agora era de US$ 23,354 bilhões em março de 2020, início da pandemia de Covid-19.

Os leilões do BC até então foram:

  • 12 de dezembro: dois leilões de linha, totalizando US$ 4 bilhões
  • 13 de dezembro: venda de US$ 845 milhões no mercado à vista
  • 16 de dezembro: intervenção de US$ 4,627 bilhões, sendo US$ 3 bilhões em leilões de linha e US$ 1,627 bilhão à vista
  • 17 de dezembro: venda de US$ 3,287 bilhões à vista
  • 19 de dezembro: operação de US$ 8 bilhões no mercado à vista, sendo divididos em dois leilões, um de US$ 3 bilhões e outro de US$ bilhões
  • 20 de dezembro: US$ 3 bilhões em leilão à vista (9h15)

Reservas internacionais sustentam estratégia

Antes do único leilão realizado hoje, o Brasil possuía cerca de US$ 360 bilhões em reservas internacionais, formadas em grande parte pela receita das exportações de commodities. Esse "colchão de segurança" tem permitido ao Banco Central realizar intervenções expressivas sem comprometer os ativos de longo prazo.

As medidas do Banco Central refletem um esforço para estabilizar o mercado e suavizar movimentos abruptos na cotação do dólar. A expectativa é de que os leilões desta sexta-feira mantenham a trajetória de ajuste da moeda americana.

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