O preço dos títulos varia diariamente conforme o mercado
Publicado em 13 de novembro de 2024 às 17h41.
O Tesouro Direto é um dos investimentos mais procurados por investidores que buscam segurança, já que se trata de títulos emitidos pelo governo brasileiro e considerados de baixo risco. No entanto, é importante saber que, apesar da segurança, existem algumas situações em que o investidor pode perder dinheiro nesse tipo de aplicação, especialmente em caso de resgate antecipado. Abaixo, entenda como funciona o Tesouro Direto, os possíveis riscos e como evitá-los.
O Tesouro Direto permite que investidores comprem títulos públicos emitidos pelo governo, que usa os recursos arrecadados para financiar atividades e projetos públicos. Existem diferentes tipos de títulos no Tesouro Direto, como o Tesouro Selic, Tesouro IPCA+ e Tesouro Prefixado, cada um com características próprias e rendimentos variados. Esses títulos são considerados seguros porque têm a garantia do Tesouro Nacional, o que significa que, em teoria, o governo deve sempre honrar os pagamentos.
Um dos principais riscos de perda no Tesouro Direto ocorre quando o investidor decide resgatar o título antes do vencimento. Embora o Tesouro Selic ofereça menos risco nesse aspecto, títulos como o Tesouro IPCA+ e o Tesouro Prefixado podem sofrer variações de preço no mercado secundário. Quando os juros sobem, o valor desses títulos cai, e o resgate antecipado pode resultar em perdas para o investidor, especialmente em períodos de alta da taxa Selic.
Exemplo: imagine que você investiu em um título Tesouro Prefixado com rendimento fixo, mas precisa do dinheiro antes do prazo de vencimento. Se os juros estiverem mais altos no momento do resgate, o valor do título terá caído e você poderá receber menos do que investiu.
Embora os títulos do Tesouro Direto sejam classificados como renda fixa, eles não têm um preço fixo durante todo o período. O preço dos títulos varia diariamente conforme o mercado, especialmente para os prefixados e indexados ao IPCA. Isso significa que, mesmo em um investimento conservador como o Tesouro Direto, o valor pode oscilar ao longo do tempo, e o investidor que deseja evitar perdas deve considerar manter o título até o vencimento para garantir a rentabilidade acordada.
O Tesouro Selic é a opção mais segura dentro do Tesouro Direto, especialmente para quem pode precisar do dinheiro antes do prazo. Ele acompanha a taxa básica de juros da economia, o que significa que o valor do título tende a crescer de forma estável. Mesmo em resgates antecipados, o Tesouro Selic geralmente não gera perdas, sendo uma opção recomendada para investidores conservadores ou para aqueles que buscam uma reserva de emergência.
Exemplo: se você investe no Tesouro Selic e precisa resgatar o valor antes do vencimento, a chance de perder dinheiro é muito baixa, já que o título tende a se valorizar conforme a Selic aumenta.
Outro ponto importante a considerar são as taxas e impostos aplicáveis ao Tesouro Direto. A plataforma cobra uma taxa de custódia da B3, e o investidor está sujeito ao Imposto de Renda sobre os rendimentos. Em casos de resgate antecipado, a tributação pode ser maior, pois o imposto é regressivo (ou seja, quanto menor o tempo de investimento, maior a alíquota). Esse custo adicional pode reduzir o rendimento final, especialmente se o resgate for feito em curto prazo.
Para minimizar os riscos de perda no Tesouro Direto, o ideal é seguir algumas estratégias, como:
Embora o Tesouro Direto seja uma das opções mais seguras de investimento, o risco de perda existe, especialmente em casos de resgate antecipado de títulos prefixados e indexados ao IPCA. Para garantir o retorno esperado e minimizar os riscos, é fundamental escolher o título que melhor se adequa ao seu perfil e, sempre que possível, manter o investimento até o vencimento. Assim, você pode aproveitar a segurança e o potencial de rendimento do Tesouro Direto sem sustos.