MicroStrategy quer reunir mais R$ 10 bilhões para nova compra de bitcoin
Empresa liderada por Michael Saylor segue apostando na criptomoeda como um ativo de reserva
Repórter do Future of Money
Publicado em 19 de novembro de 2024 às 14h03.
A MicroStrategy, empresa de software que também é a maior detentora institucional do bitcoin , anunciou na última segunda-feira, 18, que pretende reunir US$ 1,75 bilhão (R$ 10 bilhões, na cotação atual) a partir da emissão e oferta de notas conversíveis para usar os recursos para comprar mais unidades da criptomoeda .
O plano foi revelado por Michael Saylor, ex-CEO e atual presidente do conselho da companhia, em uma publicação no X, antigo Twitter. As notas não terão juros e têm vencimento previsto para 2029, com oferta restrita apenas para investidores institucionais.
Segundo a companhia, o montante previsto com a arrecadação seria suficiente para adquirir mais 19 mil unidades de bitcoin. Atualmente, a empresa é dona de 331,2 mil unidades da criptomoeda, avaliadas em mais de US$ 30 bilhões. Os custos com as compras totalizam US$ 16,5 bilhões.
Dados da MicroStrategy apontam ainda que o custo médio de compra é de US$ 49,8 mil por unidade da criptomoeda adquirida nos últimos quatro anos. Como o preço sugere, a estratégia da empresa resultou em um lucro significativo devido à valorização do ativo, que atualmente supera os US$ 91 mil.
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A última aquisição da companhia foi divulgada na última segunda-feira, 19. Ao todo, a MicroStrategy investiu cerca de US$ 4,6 bilhões (R$ 26,5 bilhões, na cotação atual) na aquisição, obtendo cerca de 51,7 mil unidades da criptomoedas. A compra foi a segunda apenas no mês de novembro.
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MicroStrategy e o bitcoin
Recentemente, a MicroStrategy também anunciou que pretende investir mais US$ 42 bilhões (R$ 242 bilhões, na cotação atual) em compras de unidades de bitcoin. Para reunir o valor, a companhia pretende emitir US$ 21 bilhões em títulos de dívida e emitir mais R$ 21 bilhões em novas ações para o mercado.
A relação entre o bitcoin e a MicroStrategy também tem atraído investidores para as ações da companhia, com os papéis sendo tratados no mercado como uma forma de exposição indireta à criptomoeda. Apenas em novembro, as ações acumulam uma alta de mais de 70%.
A empresa ainda anunciou recentemente que pretende se tornar um "banco de bitcoin". A ideia é que a companhia conecta criptomoeda a áreas como ações, renda fixa e notas conversíveis, oferecendo exposição ao ativo.