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Gêmeos Winklevoss emprestam R$ 500 milhões para ajudar corretora cripto Gemini

Corretora de criptomoeda tem enfrentado problemas desde o fim de 2022 e foi obrigada a encerrar serviço de renda passiva

Gêmeos Winklevoss possuem cargos de CEO e presidente da Gemini (Kathryn Page / Colaborador/Getty Images)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 11 de abril de 2023 às 09h31.

Os bilionários Tyler e Cameron Winklevoss realizaram nesta semana um empréstimos de US$ 100 milhões (R$ 504,65 milhões, na cotação atual) para a Gemini, uma corretora de criptomoedas criada e comandada pelos gêmeos. A empresa vem enfrentando problemas desde o fim de 2022, após a falência da FTX.

O empréstimo foi confirmado pela Bloomberg junto a fontes anônimas com conhecimento sobre a operação. Atualmente, Tyler atua como CEO da Gemini, enquanto Cameron possui o cargo de presidente da exchange. Até o momento, eles não confirmaram a operação.

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Ainda segundo as fontes, o empréstimo teria sido necessário porque a corretora de criptomoeda não conseguiu obter nenhum financiamento de investidores externos. Ela estaria precisando de capital para aguentar os impactos financeiros gerados pela falência de outra exchange, a FTX, em novembro.

O colapso da corretora afetou diversas empresas que tinham uma exposição direta ou indireta à companhia. Foi o caso da Gemini, que oferecia um serviço de renda passiva, conhecido como Earn, em parceria com a empresa cripto Genesis, que administrava os fundos depositados por clientes da Gemini no programa.

Entretanto, a Genesis acabou depositando esses fundos na FTX, e agora eles não podem ser sacados porque a corretora de criptomoedas congelou operações de saque e demonstrou não ter liquidez para cobrir as movimentações. Em janeiro deste ano, ela entrou com um pedido de falência nos Estados Unidos.

Crise da Gemini

Desde então, os responsáveis pela Gemini tentam obter os fundos dos clientes de volta, sem sucesso. Cameron Winklevoss afirmou que a falência é um "passo crucial" para que os usuários da Gemini possam recuperar seus ativos, mas afirmou que o DCG - grupo responsável pela Genesis - e seu CEO, Barry Silbert, "continuam a se recusar a oferecer aos credores um acordo justo".

Além disso, tanto a a Genesis quanto a Gemini estão enfrentando acusações da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos ( SEC, na sigla em inglês) por supostamente oferecerem valores mobiliários não registrados por meio do programa Earn.

O caso obrigou os gêmeos Winklevoss a anunciar o fim do programa Earn, mas o dano à imagem e às finanças da empresa não foi revertido após a decisão. Em fevereiro, a Gemini precisou usar US$ 100 milhões para ajudar os investidores com recursos no Earn, mas não informou a origem desse montante. Em oito meses, a empresa demitiu 35% dos seus funcionários.

Os gêmeos Winklevoss fizeram fortuna investindo em criptomoedas, em especial no bitcoin. Antes disso, eles já eram conhecidos pelo embate judicial com Mark Zuckerberg, que é acusado por eles de ter roubado a ideia para a criação do Facebook, atualmente uma das maiores e mais famosas redes sociais do mundo.

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