BTG Pactual e Hashdex revelam data de estreia de ETF de Solana na bolsa
Parceria entre as empresas resultou na aprovação do 2º fundo do tipo no mercado brasileiro e em todo o continente americano
Repórter do Future of Money
Publicado em 5 de setembro de 2024 às 05h00.
A gestora Hashdex e o BTG Pactual vão lançar na próxima sexta-feira, 6, o mais novo ETF de Solana da Bolsa de Valores. O fundo foi aprovado pela Comissão de Valores Mobiliário (CVM) em 20 de agosto e é o segundo do tipo tanto no mercado brasileiro quanto americano como um todo, incluindo as bolsas dos Estados Unidos.
Com o ticker SOLH11, o fundo contará com um programa de staking do ativo, em que as criptomoedas adquiridas a partir dos aportes dos investidores são "bloqueadas" no blockchain do projeto, resultando em um valor mensal adicional que ajuda a reduzir os custos e taxas de administração do fundo.
Em comunicado, a Hashdex afirma que o ETF acompanhará o índice Nasdaq Solana Reference Rate, dos Estados Unidos. O fundo foi desenvolvido em parceria com o BTG Pactual, que também vai atuar como administrador do fundo e formador de mercado. A Hashdex também possui ETFs de bitcoin e ether, mais antigos no mercado brasileiro.
Segundo a gestora, os fundos buscam "atender investidores sofisticados que desejam construir seus próprios portfólios de criptoativos por meio de produtos regulados e negociados na B3. A taxa de administração efetiva deste novo fundo será de 0,7% ao ano, porém contará com uma redução para 0,1% até o final de setembro".
Para André Portilho, head de Digital Assets do BTG Pactual, "ter um banco como o BTG Pactual atuando como formador de mercado para o SOLH11 é um grande diferencial para o produto, pois facilita o acesso de investidores institucionais ao mercado de criptoativos. Estamos comprometidos em oferecer a infraestrutura necessária para que esses investidores possam participar de maneira eficiente e segura desse mercado em crescimento".
ETFs de cripto no Brasil
Samir Kerbage, CIO da Hashdex, afirmou que o lançamento do ETF dá aos investidores "uma nova forma de acessar o mercado de Solana através de um veículo regulado e listado na B3. O uso do staking com o objetivo de reduzir custos e potencializar retornos reflete nosso compromisso contínuo com a inovação e a criação de valor para nossos investidores".
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O primeiro ETF de Solana do Brasil foi lançado em 28 de agosto e criado pela gestora QR Asset. Com as aprovações dos dois fundos, a CVM passou à frente de reguladores de diversos países, incluindo a sua equivalente nos EUA, a SEC, que recebeu pedidos de lançamento de fundos da criptomoeda mas, no momento, tende a rejeitá-los, segundo especialistas.
Com os lançamentos, o Brasil reforça a sua posição como um dos mais diversos e pioneiros mercados de ETFs de criptomoedas do mundo. O país conta com fundos de investimento em ether e bitcoin desde 2021 e possui, ainda, fundos multiativos, investindo em mais de uma criptomoeda.