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CVM aprova 1º ETF de Solana no Brasil e sai na frente dos EUA

Pedidos de lançamento nos EUA ainda estão no início da análise pela SEC e chances de aprovação são incertas no momento

SEC está analisando pedidos de ETFs de Solana (Getty Images/Reprodução)

SEC está analisando pedidos de ETFs de Solana (Getty Images/Reprodução)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 7 de agosto de 2024 às 18h18.

Última atualização em 7 de agosto de 2024 às 18h20.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprovou nesta quarta-feira, 7, o primeiro ETF de Solana do Brasil e da América. Com a decisão, o mercado de criptomoedas brasileiro sai na frente de outros países, com destaque para os Estados Unidos, cujo processo de análise de pedidos de lançamento de fundos de investimento na criptomoeda sol estão no início e com chances incertas de aprovação.

O fundo negociado em bolsa aprovado pelo regulador será criado pela gestora QR Asset e gerenciado pela Vortx, com lançamento dependente da aprovação junto à B3, a empresa responsável pela Bolsa de Valores. Ainda não foi informado quando, exatamente, o ETF será autorizado e disponibilizado para negociação no mercado brasileiro.

"Este ETF reafirma nosso compromisso em oferecer qualidade e diversificação para os investidores brasileiros. Estamos orgulhosos de sermos pioneiros globais neste segmento, consolidando a posição do Brasil como um mercado de vanguarda para investimentos regulados em criptoativos", afirma Theodoro Fleury, gestor e diretor de investimentos da QR Asset.

O fundo terá como referência o índice CME CF Solana Dollar Reference Rate, criado pela CF Benchmarks com apoio da Chicago Mercantile Exchange (CME).

Com a aprovação, o Brasil reforça a sua posição como um dos mais diversos e pioneiros mercados de ETFs de criptomoedas do mundo. O país conta com fundos de investimento em ether e bitcoin desde 2021 e possui, ainda, fundos multiativos, investindo em mais de uma criptomoeda.

A aprovação pela CVM também ocorre em meio às altas expectativas no mercado com relação a uma possível aprovação de pedidos de lançamento de ETFs de Solana nos Estados Unidos. A SEC aprovou neste ano o lançamento de ETFs de bitcoin em janeiro e de ether em junho, mas com autorização para o lançamento desse segundo grupo de fundos apenas em julho.

No caso dos ETFs de ether, a aprovação pegou o mercado de surpresa ao simbolizar uma mudança de entendimento da SEC sobre o ativo, que até então era considerado pelo regulador como valor mobiliário, e não commodity. Com a reversão, investidores e analistas começaram a sugerir que a Solana também poderia ganhar ETFs a partir da mesa interpretação.

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Pouco depois da primeira aprovação dos ETFs de ether, a gestora VanEck entrou com um pedido junto à SEC para lançar um fundo de investimento em Solana. Outra gestora, a Franklin Templeton, também afirmou que está interessada em lançar um ETF do tipo.

Entretanto, a aprovação desses ETFs nos Estados Unidos não é certa. O banco JPMorgan acredita que a aprovação não é o cenário mais provável no momento, já que a SEC ainda classifica a sol e outras criptomoedas como valores mobiliários. Nesse sentido, a liberação pode depender de uma mudança no comando do regulador.

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