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5 criptomoedas que podem valorizar em julho, segundo especialistas

Ativos mais tradicionais do mercado, como o bitcoin, são destaque entre as recomendações de analistas

Bitcoin valorizou mais de 80% em 2023 (Reprodução/Reprodução)

Bitcoin valorizou mais de 80% em 2023 (Reprodução/Reprodução)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 4 de julho de 2023 às 13h40.

Última atualização em 4 de julho de 2023 às 14h58.

Após um período de lateralização em maio e junho, as criptomoedas voltaram a subir nas últimas semanas do primeiro semestre de 2023. O bitcoin, por exemplo, superou a casa dos US$ 30 mil e acumula valorização de mais de 80% no ano. O mercado como um todo segue com uma tendência de valorização nos últimos dias, beneficiado por um otimismo entre investidores.

Especialista em criptomoedas e fundador da Financial Move, Tasso Lago afirma que "o segundo semestre do ano se iniciou e é o momento dos investidores analisarem os próximos passos para diversificar sua carteira ou até mesmo para ver o que pode ser benéfico ou não durante o mês".

Agora, as atenções do mercado deverão se voltar sobre os próximos passos das solicitações de gestoras tradicionais para lançarem fundos negociados em bolsa (ETFs, na sigla em inglês) que acompanhariam o preço à vista do bitcoin. Caso os reguladores dos Estados Unidos aprovem esse tipo de produto até então indisponível no país a tendência de alta poderá ser reforçada.

Bitcoin

Ayron Ferreira, analista-chefe da Titanium Asset, avalia que o ambiente no mercado ainda não é propício para uma altseason quando criptomoedas alternativas sobem mais , e por isso "as duas maiores criptomoedas se destacam como as principais e mais seguras alternativas a serem monitoradas devido a seus sólidos fundamentos e liquidez".

É o caso do bitcoin, cujo panorama atual "segue sendo mais promissor". Ele ressalta que o ativo "mantém uma dominância acima de 51% e teve um desempenho superior ao de muitas altcoins importantes em junho. Isso se deve, em grande parte, ao fato de a SEC o classificar como uma commodity e à crescente demanda para emissão de um ETF nos EUA".

"A possibilidade de aprovação desse ETF pela SEC e a eventual renúncia de Gary Gensler tendem a ser fatores decisivos para o mercado durante o mês de julho", pontua o analista. No momento, Gensler, que é o presidente da SEC, tem sido duramente criticado por congressistas da oposição nos EUA, mas não deu sinais concretos sobre uma possível renúncia.

Ether

O ether, segunda maior criptomoeda do mercado, também é destacado por Ferreira. O analista acredita que o ativo "também merece atenção, com alguns indicadores sugerindo um potencial movimento de recuperação". Um desses sinais é o "crescimento constante do staking" na rede Ethereum após a conclusão da atualização Shanghai, em abril deste ano.

Com a atualização, os validadores do blockchain passaram a poder sacar ether pela primeira vez na rede, considerando tanto as unidades da criptomoeda depositadas em staking para poder atuar como validador quanto as recebidas como recompensa pela atividade. Desde então, o staking não apenas se manteve constante como se expandiu entre usuários.

Ferreira pontua que a atividade ultrapassou em junho a marca de 23 milhões de ethers depositados, "o que reflete o aumento da demanda por parte dos investidores e usuários. Assim como o bitcoin, o ether não tem sido considerado um valor mobiliário [pelos reguladores dos Estados Unidos], fato que favorece suas perspectivas futuras".

Uniswap

Tasso Lago, do Financial Move, acredita que é "muito importante" ter no portfólio a UNI, criptomoeda nativa do protocolo Uniswap. O projeto é uma corretora descentralizada de criptomoedas (DEX, na sigla em inglês) e está entre os maiores do segmento de finanças descentralizadas, também conhecido como DeFi.

Lago pontua que "a Uniswap é muito importante para se ter no portfólio. Ela também é uma corretora descentralizada e recentemente anunciou a versão 4.0 de sua plataforma. Hoje, é a maior do mercado cripto em termos de corretoras descentralizadas e está em um preço extremamente descontado”.

Chainlink

João Kamradt, diretor de Análises e Investimentos da viden.vc, cita o link, criptomoeda nativa do projeto Chainlink, como um ativo para ficar de olho ao longo de julho. Ele destaca que o projeto "continua sendo um dos protocolos mais interessantes e relevantes do mercado cripto. Além das contínuas parcerias com os mais diversos protocolos e redes, o time da Chainlink apresentou uma robusta visão do estágio das mais diversas aplicações em seu último relatório trimestral".

Esse movimento, avalia Kamradt, "deixou os investidores ainda mais animados com o que está para vir com o CCIP, entre outros. Na última queda, seu preço chegou a ficar no valor de US$ 5, mas hoje, menos de um mês depois, já está próximo dos US$ 6,50. É um ativo relevante e que vale acompanhar não somente este mês, como os próximos".

Polygon

Outra criptomoeda citada por Kamradt é a matic, do blockchain Polygon. O ativo tem sido um dos mais acompanhados no mercado cripto desde 2022, após anunciar uma série de parceria com empresas tradicionais do mercado para o lançamento de projetos, em especial de tokens não fungíveis (NFTs, na sigla em inglês) que ficam hospedados na sua rede.

Kamradt pontua que "a equipe por trás da Polygon está fazendo uma série de anúncios, sendo que os dois primeiros foram bem positivos, como uma proposta de mudança na arquitetura e aumento da segurança da Polygon PoS (seu principal produto atualmente)". Na semana passada, a Polygon Labs revelou mais detalhes sobre futuras atualizações da rede.

"O próximo [anúncio] ocorrerá dia 10 de julho e será sobre o tokenomics do token matic. Ele tem potencial de gerar alguma reação no mercado, devido à possível expansão do papel do token no ecossistema de soluções da Polygon para além de sua principal solução do momento", explica o analista.

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