Mario Ferri, o homem que protestou durante jogo entre Portugal e Uruguai, tem o apelido "falcão" (Richard Sellers/Getty Images)
AFP
Publicado em 29 de novembro de 2022 às 07h58.
Última atualização em 29 de novembro de 2022 às 08h15.
O homem que entrou no gramado com uma bandeira LGBTQIA+ e uma camisa com frases de apoio às mulheres iranianas e à Ucrânia, na segunda-feira durante a partida entre Portugal e Uruguai da Copa do Mundo, foi rapidamente liberado.
Nenhuma medida parece ter sido tomada contra o italiano Mario Ferri, que tem o apelido "falcão", segundo uma fonte do governo do Catar.
Ferri, nascido em 1987, é famoso por ações similares nos estádios. Na Copa do Mundo do Brasil-2014, ele entrou em campo durante o jogo Bélgica-Estados Unidos vestindo uma camisa com as frases "Salvem as crianças das favelas" e "Ciro Vive", em homenagem a um torcedor do Napoli que havia falecido pouco antes do Mundial, segundo a agência italiana AGI.
Em sua conta no Instagram, o italiano publicou imagens do estádio de Lusail, em Doha, onde Portugal venceu o Uruguai por 2-0 na segunda-feira.
Esta foi a primeira invasão de gramado desde o início da Copa do Mundo no Catar, país muito criticado pelas nações ocidentais pelo tratamento das pessoas LGBTQIA+. A homossexualidade é considerada crime no país.
Aos sete minutos do segundo tempo, depois de correr pelo gramado por quase 30 segundos, Ferri foi detido por um funcionário da organização do torneio e escoltado para outro setor do estádio.
O italiano vestia uma camisa com o logo do Superman que tinha a frase "Save Ukraine" (Salvem a Ucrânia) na parte da frente e a mensagem "Respect for Iranian Woman" (Respeito pela Mulher Iraniana) nas costas.
A cena foi exibida por poucos segundos na televisão.
"Sabemos o que está acontecendo ao redor da Copa do Mundo. Com certeza estamos com eles, com o Irã também, com as mulheres iranianas. Espero que não aconteça nada com este jovem, porque entendemos sua mensagem e acho que o mundo também compreende", declarou o português Ruben Neves após o jogo.
A Fifa afirmou que bandeiras ou roupas com as cores do arco-íris seriam aceitas nos estádios, ma na realidade vários objetos foram confiscados pelas forças de segurança.
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