Em pauta também estiveram as iniciativas para preservação do meio ambiente e redução do uso de plástico em embalagens. (Esfera Brasil/Divulgação)
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Publicado em 4 de dezembro de 2023 às 07h10.
A Ferrero, empresa italiana dona das marcas Kinder, Nutella, Ferrero Rocher e Tic Tac, pretende zerar as emissões de carbono na fábrica de Poços de Caldas, em Minas Gerais, até 2025. A informação foi confirmada pelo Diretor de Assuntos Corporativos e Sustentabilidade da Ferrero para América do Sul, Fernando Careli, durante o 3º Fórum Ferrero, realizado nesta quinta-feira, 30, em Brasília, em parceria com a Esfera Brasil.
Durante o evento, a empresa apresentou os resultados do 14º Relatório de Sustentabilidade. O documento destaca as atividades conduzidas durante o exercício de 2021/22, divididas em quatro pilares: proteção do meio ambiente, fornecimento sustentável de matérias-primas, promoção do consumo responsável e empoderamento de pessoas.
No evento, que reuniu empresários e autoridades, o CEO da Ferrero para a América do Sul, Max de Simone, afirmou que a empresa prima pela qualidade e o cuidado ao meio ambiente: “Nós nascemos da terra e a terra é o que sustenta o nosso modelo de negócio. Por isso, é importante cuidar bem do futuro do nosso planeta”.
O grupo, que teve um faturamento de € 14 bilhões, se preocupa em ter projetos inovadores para alcançar a descarbonização das cadeias e reduzir o impacto ambiental. “Queremos constantemente melhorar. Até 2025, todas as embalagens serão recicláveis, reutilizáveis ou compostáveis”, garantiu o CEO.
Com relação à redução do uso de plástico, o compromisso será alcançado antes do prazo. "Esse é um processo que estamos avançando. Mais de 80% das embalagens que colocamos no mercado hoje, no mundo inteiro, já tem esse padrão”, disse Careli.
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A empresa também está atenta à qualidade dos produtos e às certificações. “Temos muito orgulho em dizer que 100% do cacau que a gente utiliza já tem algum tipo de certificação de sustentabilidade. Também o óleo de palma e o açúcar. Essa é a nossa forma de contribuir com o desenvolvimento de cadeias sustentáveis", complementou o diretor da Ferrero.
Para o presidente do Conselho da Esfera Brasil, João Camargo, é de extrema importância que o País discuta crescimento econômico aliado à sustentabilidade. “A agenda verde e o conceito de ESG estão na pauta mundial. O setor produtivo brasileiro deve estar atento a esses movimentos e não pode perder a oportunidade de se desenvolver e, ao mesmo tempo, respeitar o meio ambiente”, afirmou.
Presente no evento, o embaixador da Itália no Brasil, Alessandro Cortese, lembrou a relação histórica entre os dois países, que vai completar 150 anos. “2024 será um ano extraordinariamente importante para as nossas relações bilaterais, que são já intensas”, pontuou.
São 1 mil empresas italianas em território nacional. Para o embaixador, os investimentos tendem a crescer, principalmente em setores como transição energética e desenvolvimento sustentável. Desde 2020, foram R$ 150 bilhões de investimento italiano no País.
“Para que nossas relações econômicas e comerciais possam continuar a se fortalecer, precisamos fomentar o diálogo entre atores públicos e privados, estimulando PPPs. Tenho certeza que, somente juntos, podemos entregar às futuras gerações um planeta melhor e livre da dependência das fontes de energias fósseis”, acredita.