Ciência

Melinda Gates estima quando teremos vacina contra coronavírus

Para Gates, a união da comunidade científica tornará possível uma vacina para conter a covid-19

Vacina: pesquisadores de todo o mundo colaboram para criar vacina contra novo coronavírus, causador da covid-19 (Sasirin Pamai / EyeEm/Getty Images)

Vacina: pesquisadores de todo o mundo colaboram para criar vacina contra novo coronavírus, causador da covid-19 (Sasirin Pamai / EyeEm/Getty Images)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 12 de abril de 2020 às 10h29.

Última atualização em 13 de abril de 2020 às 11h25.

Melinda Gates é mais conhecida por sua Fundação Bill & Melinda Gates, uma instituição filantrópica que lidera junto ao marido e que já fez aportes que totalizam 45 bilhões de dólares, incluindo para projetos de vacinas contra o ebola e o novo coronavírus, causador da doença covid-19.

Em entrevista ao site americano Business Insider, Gates estima que uma vacina contra o novo coronavírus será criada dentro de 18 meses. O tempo de desenvolvimento é parecido com o da vacina contra o vírus ebola. Gates acredita que pesquisadores encontrarão uma fórmula para uma vacina contra o coronavírus, apesar de reconhecer ser possível que ela não possa ser criada.

“Nós encontramos uma vacina para o ebola, certo? E fizemos isso em cerca de 18 meses, e foi difícil. Quando eu vejo a comunidade científica se unindo do jeito como acontece hoje no mundo todo e compartilhando dados e informações, acredito que teremos uma vacina”, afirma.

Gates acredita que a aplicação das vacinas deve ser prioritariamente para profissionais de saúde, que estão na linha de frente do atendimento de pacientes infectados; depois, pessoas do grupo de risco, como idosos e pessoas com doenças pré-existentes; e só então a vacina deve ser oferecida a todas as nações, de forma igualitária.

A executiva afirma que vamos enfrentar outras pandemias como essa no futuro e que a do covid-19 não deve ser a única do século e que os países precisam se preparar para uma possível segunda onda de contágios pelo novo coronavírus em países do hemisfério norte, que entram no outono a partir do mês de outubro. Para enfrentar isso, seria necessário que todos tivessem um grande número de testes rápidos para identificar os indivíduos contagiados, isolá-los e, assim, conter o avanço da disseminação do vírus.

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