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Estudo identifica possível transmissão de coronavírus pelo ar

A pesquisa foi realizada por cientistas de Wuhan, na China, e identificou partículas de coronavírus, causador da covid-19, no ar de hospitais

Profissional da saúde em meio à pandemia de coronavírus na Espanha (Alvaro Calvo/Getty Images)
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Maria Eduarda Cury

Publicado em 29 de abril de 2020 às 17h01.

Última atualização em 29 de abril de 2020 às 18h35.

Um estudo, realizado por pesquisadores da Universidade de Wuhan, na China, observou que partículas do novo coronavírus foram encontradas no ar-condicionado de dois hospitais de Wuhan, o que indica que o risco de contágio é maior do que o anteriormente observado.

Publicado na revista científica Nature, o estudo informa que o Sars-CoV-2 (novo coronavírus) é capaz de permanecer no ar por tempo indeterminado, em especial em locais sem ventilação, como restaurantes, corredores fechados ou ônibus.

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As partículas identificadas na pesquisa foram descobertas enquanto uma equipe monitorava o ambiente de dois hospitais em Wuhan, que continham áreas públicas ao redor.

A equipe de Ke Lan, cientista da Universidade, coletou 40 amostras de 31 pontos da cidade, para estudar mais sobre a possibilidade do contágio do vírus por meio da sua suspensão no ar.

Dois hospitais, que estavam com campanha contra o covid-19, foram identificados com partículas do vírus em seu ar.

A concentração do coronavírus nas salas de enfermagem era maior do que nos banheiros, que possuíam janelas para o exterior. Outro ponto do hospital com bastante concentração de covid-19 foi as salas utilizadas por profissionais de saúde para retirarem o equipamento de proteção individual.

Os cientistas alegaram que a concentração do vírus nos locais citados caiu consideravelmente após os mesmos serem desinfectados. Partículas do vírus também foram encontradas em prédios e supermercados próximos aos hospitais, mas em menores concentrações.

Uma área aberta próxima ao hospital, porém, foi identificada com uma alta taxa de concentração do vírus, o que pode ser explicado pelo trânsito de pessoas infectadas pelo local.

Os cientistas alegam que o número de amostras coletadas é pequeno, mas consideram o suficiente para que a população se conscientize para evitar locais aglomerados ou com pouca ventilação, além de manter a boa higiene tanto dentro quanto fora de sua casa.

Eles também esperam que a pesquisa possa incentivar ainda mais o estudo da transmissão do vírus por meio de sua suspensão no ar de locais com e sem ventilação.

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