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Tecnologia é um pote de ouro, mas sozinha não resolve nada

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Legenda: Embora existam tantas possibilidades, tudo ainda é muito ficcional (Marc Mcdermott / EyeEm/Getty Images)
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Bússola

Publicado em 28 de agosto de 2021 às 11h26.

Última atualização em 28 de agosto de 2021 às 11h28.

Por Ana Busch*

Digitalização e automatização são questão de sobrevivência. E dados se transformaram em ouro – valem mais que dinheiro, escreve Andrea Fernandes, em sua coluna desta semana, em que trata do quanto nos tornamos vulneráveis quando o dado virou um bem coletivo.

Se juntarmos dados e automação, xeque-mate. Dados acionáveis podem criar uma estratégia customizada e eficaz. A lista é infindável: 5G, energia renovável, telemedicina. São muitas tecnologias e formas diferentes de compreensão do mundo.

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Mas de fato, qual é o alcance disso tudo? Quanto toda essa tecnologia impacta e muda, de fato, a realidade. O meu dia a dia, o seu dia a dia. Vamos pensar em cascata. Vivemos uma emergência climática, para usar o tema cravado pelo jornal inglês The Guardian. Regenerar o planeta é urgente. O desafio é grande, e o tempo é curto, como escreve Danilo Maeda.

E as organizações estão preparadas para isso? Ou estamos falando de alta tecnologia e baixa sensibilidade? Para melhorar o caráter das organizações, é preciso mudar, e muito. Recorro às palavras de Rodrigo Pinotti para lembrar que não basta ter tecnologia, é preciso dar acesso.

Aí penso nas quatro singelas lições que aprendi esta semana com Bruna Sion, mãe de Tomás e Felipe, e brilhante gestora:

  1. pessoas vêm antes de tudo (até de 5G, energia renovável e dados)
  2. tudo bem não estar bem (afinal de contas quem está?)
  3. seu estado de espírito reflete em todo o resto (então, segura sua onda)
  4. pensa bem no que vai fazer diferença daqui a dois anos (quase nada).

A semana

Ainda esta semana na Bússola, pesquisa inédita aponta que aumentou o valor de companhias que possuem presidentes à frente da agenda ESG. Evandro Tokarski mostra como ser dono do próprio negócio sem nunca estar sozinho, no sistema de franquias.

Para falar da pandemia, André Jácomo escreve sobre o quanto a desinformação colaborou para a trajetória dos números. E Alon Feuerwerker levanta a polêmica em torno da aplicação da terceira dose da vacina.

Verdade ou ficção

A ideia deste texto surgiu de uma conversa no WhatsApp com meu amigo antropólogo e mestre em semiótica Hugo Martinelli. Não veio da tecnologia, mas de um diálogo que poderia ter acontecido ao vivo – não fosse a pandemia –, por telefone, na Praça Por do Sol (se não tivesse perdido a graça com as grades recém-instaladas, outro assunto da mesma conversa). Frase gatilho: "Embora existam tantas possibilidades, a verdade é que tudo ainda é muito ficcional." São dois mundos que precisam conversar.

*Ana Busch é jornalista, diretora de Redação da Bússola e sócia da Tamb Conteúdo Estratégico

Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.

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