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Projetos da Ecco Comunidades distribuíram mais de 3,2 toneladas de alimentos

Cinco startups de impacto aplicaram inovação voltada para desenvolvimento local em diferentes municípios fora dos grandes eixos, reduzindo desperdício

Gestão passa por três etapas importantes (Thomas Peter/Reuters)
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Bússola

Publicado em 24 de junho de 2022 às 16h00.

Última atualização em 24 de junho de 2022 às 16h07.

Por Bússola

Cinco startups de impacto tiveram seus projetos aplicados em municípios de quatro estados brasileiros na primeira edição do programa Ecco Comunidades, que visa apoiar soluções que atuam na redução de perdas e desperdícios de alimentos. Os resultados acabaram de ser anunciados pelo Instituto BRF, responsável pelos investimentos sociais da BRF, em parceria com o Quintessa e o Prosas. Foram beneficiados os municípios de Dourados (MS), Lucas do Rio Verde (MT), Nova Mutum (MT), Rio Verde (GO) e Uberlândia (MG).

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Com a implementação dos pilotos, o Ecco Comunidades gerou 40 conteúdos educativos sobre perda e desperdício de alimentos, distribuiu mais de 3,26 toneladas de alimentos próximos da data de validade, reduziu o desperdício de alimento no prato das crianças em escola pública em mais de 65%, gerou mais de R$ 34 mil de renda formal para famílias locais, além da aproximação com diversos parceiros externos, entre redes supermercadistas e gestores públicos das localidades, para ações de educação sobre aproveitamento de alimentos e redistribuição para comunidades em situação de vulnerabilidade.

As startups que participaram da fase piloto foram a Já Entendi, que transforma informação em conteúdo acessível a pessoas com baixa escolaridade, a Connecting Food, que redistribui alimentos que seriam desperdiçados para quem necessita, a WhyWaste, que promove a gestão de datas de vencimento em estabelecimentos, a Eats For You, que gera renda para cozinheiros amadores, e a Lemobs, que promove a gestão da alimentação escolar.

A Já Entendi gravou 38 conteúdos e mais de 100 receitas de utilização integral de alimentos. São videoaulas e infográficos utilizando uma linguagem adequada para a base da pirâmide social. O piloto do projeto foi realizado em Novo Mutum (MT). O projeto deve beneficiar consumidores no geral, feirantes, micro e pequenos empreendedores e pequenos produtores.

As videoaulas estão organizadas no formato de curso online em um aplicativo, disponível para download nas plataformas Google Play para Android e App Store para iOS. Os cursos emitem certificado de conclusão gratuitamente.

A Lemobs aplicou seu piloto em Dourados (MS) realizando oito capacitações voltadas para as cozinheiras da Escola Municipal Indígena Tengatuí Marangatu, com implementação de 48 cardápios no sistema e uma redução de mais de 65% no desperdício no prato das crianças. A Connecting Food implantou uma rede de redistribuição de alimentos em Lucas do Rio Verde (MT) conectando 13 organizações doadoras de alimentos e 7 OSCs receptoras dos alimentos doados. O projeto resultou em 1,9 tonelada de alimentos doados e uma capacidade de doação de 9,6 toneladas para os meses seguintes.

A WhyWaste implementou seu sistema de redução de perdas em duas redes de supermercados em Rio Verde (GO) e a Eats for You conseguiu a doação de 9 mil refeições, com a priorização de insumos próximos ao vencimento.

De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), cerca de um terço do alimento no mundo é desperdiçado e 14% é perdido antes mesmo de chegar ao comércio.  “Com o Ecco Comunidades, queremos promover impacto social positivo por meio da inovação, ampliando nossos esforços para combater o desperdício de alimentos e promover segurança alimentar em parceria com a sociedade civil”, diz Bárbara Azevedo, gerente do Instituto BRF.

Para Anna de Souza Aranha, sócia-diretora do Quintessa, aceleradora de impacto referência no Brasil, a implementação de soluções inovadoras é fundamental para resolver problemas como o desperdício de alimentos. “Programas como o Ecco Comunidades possibilitam colocar em prática a lente da inovação para gerar impacto socioambiental positivo”, afirma.

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