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No Google, passado da vacinação; fora da tela, o presente que salva vidas

Sanofi alertou nesta sexta-feira, 29, para a campanha nacional de vacinação contra gripe, que tem “Dia D” neste sábado, 30

acordo entre o Butantan e a Sanofi deu origem à campanha nacional de vacinação contra a gripe (José Cruz/Agência Brasil)

acordo entre o Butantan e a Sanofi deu origem à campanha nacional de vacinação contra a gripe (José Cruz/Agência Brasil)

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Publicado em 30 de abril de 2022 às 18h00.

Por Danilo Vicente*

Este sábado, 30 de abril, é o “Dia D” da vacinação contra gripe no Brasil. A partir de agora, crianças de seis meses a cinco anos de idade passam a ser vacinadas, além de outros públicos como gestantes e professores (idosos e trabalhadores da área de saúde já têm essa possibilidade desde 4 de abril). O alerta para a imunização foi feito pela Sanofi (via sua unidade de negócios “Vacinas na Sanofi”) em evento online nesta sexta-feira, 29, junto com o lançamento da campanha #ProtegidoContraGripe, que trará personagens da Turma da Mônica para incentivar a adesão (o site da iniciativa tem mais informações).

A Sanofi há mais de duas décadas tem acordo de transferência de tecnologia com o Instituto Butantan, do governo do Estado de São Paulo, para produção do imunizante. Precisamente, são 22 anos. Neste período, cerca de um bilhão de doses já foram produzidas. O acordo entre o Butantan e a Sanofi deu origem à campanha nacional de vacinação contra a gripe.

Participei, ao longo da carreira, de dezenas de lançamentos de campanhas de vacinação contra diferentes doenças. Outro momento, muito menos aflitivo que o vivido agora, com a pandemia da covid-19. Mas já então (no início dos anos 2000) era árduo o trabalho para se chegar às metas de imunização. Havia um convencimento cheio de estratégia para que as pessoas dessem atenção ao tema e fossem a um posto de saúde.

O que não era fácil ficou ainda mais difícil nos últimos anos. Engana-se quem pensa que a resistência a vacinas é algo de 2020 para cá, quando as fake news se fortaleceram em relação às vacinas contra a covid-19. A cobertura vacinal no Brasil despencou nos últimos dez anos, deixando a população — especialmente o público infantil — mais vulnerável a doenças que já estavam erradicadas no país, como sarampo e poliomielite. Embora o índice de vacinação ideal seja acima de 90%, as taxas gerais de imunização estão abaixo disso desde 2012, chegando a 50,4% em 2016. Em 2021, a porcentagem foi de 60,7%, segundo informações do DataSus do Ministério da Saúde.

Estamos falando da invenção (vacinar pessoas) que mais vidas salvou em toda a história humana! Esse histórico de sucesso está na exposição virtual “Uma breve história da vacinação”, parceria entre o Google Arts&Culture e da Organização Mundial de Saúde (OMS). Por meio de imagens de arquivo e documentos científicos, conta a história do desenvolvimento dos imunizantes e destaca o trabalho de cientistas pioneiros como Louis Pasteur, Lady Mary Wortley Montagu e Edward Jenner.

Clicar na página do Google é só o começo, é aferir o passado para conscientizar no presente. Mas é preciso sair da inércia. Se você tem uma criança com menos de cinco anos em casa, vá logo ao posto de saúde! Se não tem, comente com familiares, amigos e colegas.

Em pleno 2022 é uma pena que ainda tenhamos de alertar sobre a importância de vacinar. Uma pena, mas é a realidade. “Dê o play” na #ProtegidoContraGripe e em “Uma breve história da vacinação”. Mais importante: aja, vá ao posto de saúde.

*Danilo Vicente é sócio-diretor da Loures Comunicação

Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.

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