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Por Carlos Guilherme Nosé*

Sem medo de denunciar a minha idade, sou aquele finalzinho da Geração X, que ingressou na Universidade na segunda metade da década de 90 e chegou ao mercado de trabalho já mais próximo à virada do milênio. Para quem não lembra, alguns paradigmas relacionados ao mundo profissional rondavam nossas cabeças e corações naquela época, alguns como: 

  • Bug do Milênio: O mundo todo estava ansioso para saber o que aconteceria quando os computadores mudassem os dígitos do ano de 99 para 00. Profetizavam o fim do mundo, que as máquinas e linhas de produção ficariam malucas, empresas parariam, hospitais colapsariam e estaríamos perto do apocalipse. Muita gente se debruçou no problema, mas nada aconteceu.    
  • Generalista x Especialista: na minha opinião, esse paradigma perdura até os dias de hoje. Como bom consultor respondo qual é o melhor: Depende! 
  • Globalização: Mundo mais conectado, barreiras comerciais caindo, China despontando como grande economia, os famosos Tigres Asiáticos (caiu até no Vestibular e por sorte eu tinha estudado tudo sobre o tema!). Por sinal, que fim levou o termo “Tigres Asiáticos”? Ainda se usa? Se alguém souber, comente aí no post! 
  • Planejar antes e executar depois: o Brasil vinha de um começo de estabilidade econômica e partia daí a necessidade de começar a fazer planejamentos mais duradouros, assertivos e eficazes. 

Dentre tantas incertezas e dúvidas, segui meu caminho. Queria, no início da carreira, ser o mais generalista possível e o mais executor possível. Aprendi que quando se é estagiário, você está ali para aprender, com o perdão da redundância. Tirava cópia, colava etiqueta em envelope de mala direta (para quem não sabe o que é, busque no Google!). Um dia, inclusive, fui até a empresa de alimentação coletiva, que fornecia nosso rango, pegar as marmitas pois tinham avisado que o entregador estava doente e não poderia fazer a entrega. Ficar sem almoçar, jamais!

E assim fui crescendo na carreira, como tinha me disposto, planejava rápido e executava mais rápido ainda. Talvez no meu segmento isso seja um grande diferencial, não quero afirmar aqui que isso é regra, mas no meu caso, funcionou. Fiz besteiras? Claro, diversas vezes. 

O foco é o cliente

Volto a fazer esse balanço que aflorava minha insônia lá no início de carreira. Quais os paradigmas ou as verdades do mundo corporativo? Nessa maluquice de inovação e tecnologia, conseguimos planejar nossas empresas e nossas vidas por quanto tempo? Qual a assertividade disso? Em um mundo em que se cria uma rede social por dia, em que Inteligência Artificial tem tirado o conforto e o emprego de muita gente, qual perfil necessário ter para ser competitivo no mercado? 

Na minha modesta opinião, o perfil que nunca vai deixar de existir e ser valorizado é o de quem resolve o problema do cliente! Cada vez mais as empresas precisam resolver a dor do cliente. E rápido! 

Olhe para o lado e veja você mesmo como cliente. Se você perceber que aquela loja, mercado, banco ou qualquer outro estabelecimento do qual você precise, não consegue resolver seu problema, você dá um belo de um tchau e parte para outra! Seja por app, no shopping ou na rua. Ninguém mais tem paciência para esperar. Tudo é para agora e muda antes mesmo de você terminar de ver um vídeo de TikTok

Portanto, para não te jogarem na página do esquecimento, esteja atento e antecipe as dores do seu cliente. Execute rápido, erre rápido, reaprenda e execute novamente! O mundo não se dispõe a esperar. 

Como diz uma famosa canção: “A vida é trem bala parceiro”. E não dá o menor sinal de que vai desacelerar. 

*Carlos Guilherme Nosé é CEO da FESA

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