Marielle Franco: vereadora foi assassinada no Rio de Janeiro (Marielle Franco/Facebook/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 15 de março de 2018 às 06h56.
Última atualização em 15 de março de 2018 às 07h30.
Vereadora do PSOL é assassinada no Rio
A vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), foi assassinada a tiros na noite desta quarta-feira, num crime que pode estar ligado à sua militância política. Nascida no Complexo da Maré, conjunto de favelas da zona norte do Rio, Marielle, de 38 anos, tinha sua atuação pautada pela defesa de negros e pobres e denunciava a violência contra essa população. O crime, que vitimou também o motorista que a levava, mobilizou o governo federal: o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, telefonou para o interventor federal no Rio, general Walter Braga Netto, e colocou a Polícia Federal à disposição para auxiliar na investigação. Há oito dias, Marielle, que acompanhava na condição de vereadora a intervenção federal, como forma de coibir abusos das Forças Armadas e da polícia a moradores de comunidades, recebeu denúncias envolvendo PMs que patrulham a Favela de Acari, na zona norte do Rio.
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Temer ameaça ir à OMC
O presidente Michel Temer afirmou nesta quarta-feira no Fórum Econômico Mundial para América Latina que “em breve” ligará para o líder dos Estados Unidos, Donald Trump, para conversar sobre a decisão de impor tarifas ao aço e ao alumínio. Temer assegurou que a decisão de Trump de colocar tarifas às importações de aço de 25% e de 10% para as de alumínio “preocupa muito” o Brasil. Segundo ele, se não houver uma “solução amigável” de maneira “rápida”, o Brasil apelará junto com todos os países prejudicados aos mecanismos de resolução que existem no marco da Organização Mundial de Comércio (OMC).
Pronto para ser preso
Em entrevista para o livro A Verdade Vencerá: O Povo Sabe Por Que Me Condenam, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assume pela primeira vez que está “pronto para ser preso” por sua condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá. Sentenciado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região a 12 anos e um mês de prisão, Lula pode iniciar o cumprimento da pena em breve. “Eu não vou sair do Brasil, eu não vou me esconder em embaixada, eu não vou fugir”, diz. “Vou estar na minha casa, chegando em casa entre 8 e 9 horas da noite, indo dormir às 10 horas, acordando às 5 da manhã para fazer ginástica.” O livro será lançado na próxima sexta-feira, resultado de três encontros entre Lula e os jornalistas Juca Kfouri e Maria Inês Nassif, pelo professor de relações internacionais Gilberto Maringoni e pela editora Ivana Jinkings, diretora da Boitempo e organizadora do livro. “Vou fazer a sociedade brasileira discutir os meus processos aqui dentro”, diz Lula. “Eu conheço companheiros que ficaram 15 anos exilados e não tiveram voz aqui dentro, no Brasil.”
Habeas-corpus de Lula
A presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, não disse ao advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Sepúlveda Pertence, se pretende pautar o habeas-corpus do petista no caso tríplex do Guarujá. A dupla conversou nesta quarta-feira em audiência solicitada pela defesa do ex-presidente, para que Cármen Lúcia paute a revisão da prisão após condenação em segunda instância no plenário do Supremo, o que poderia postergar a prisão de Lula. Ainda nesta quarta a ministra recebe representantes do PT, do PCdoB, do PSOL e do Solidariedade com o mesmo propósito. Nos próximos dias, criminalistas entregarão petições aos 11 ministros do tribunal pedindo que o entendimento de cumprimento de pena seja revisto.
Pressão na ministra
O PT do Rio fez nesta quarta-feira um post no Facebook acusando a ministra do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, de ter comprado em 2015 uma mansão de 1,7 milhão de reais em Brasília do doleiro Fayed Traboulsi, investigado por lavagem de dinheiro. “Vamos falar sobre… residências, tríplex, mansões e doleiros… hoje é a vez da ministra Cármen Lúcia”, diz o texto. Ainda no post, o partido descreve que Fayed apareceu em escutas que embasaram a prisão de Carlos Habib Chater, dono do Posto da Torre, que batizou a Operação Lava-Jato. Ele também estaria ligado a casas de jogo ilegal no Distrito Federal. O gabinete da magistrada afirma que a notícia “não tem pé nem cabeça” e que o negócio foi legitimado pela Caixa Econômica, que financiou o imóvel.
Confusão na Câmara de São Paulo
A Câmara Municipal de São Paulo foi palco nesta quarta-feira de um confronto sangrento entre servidores municipais, em especial professores, e a Guarda Civil Metropolitana. O protesto na porta da Câmara aconteceu durante a tentativa de aprovar na CCJ um projeto de lei de alteração do regime de Previdência dos servidores, proposto pela gestão do prefeito João Doria (PSDB). Manifestantes tentaram entrar nas galerias da Câmara, mas foram impedidos. Quando o confronto esquentou, bombas de efeito moral e pedras foram lançadas. Já no interior da Câmara houve empurra-empurra e golpes de cassetete — uma mulher teve de ser amparada. O texto prevê aumento da alíquota previdenciária de 11% para 14% e contribuição suplementar vinculada ao salário, podendo chegar a 18,2%.
Cade aprova XP e Itaú
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, com restrições, a compra da corretora XP Investimentos pelo Itaú Unibanco. Entre as limitações à operação está a proibição de o banco interferir na gestão da XP e de direcionar clientes para a corretora, que fica proibida de firmar contratos de exclusividade com fundos de investimentos e gestores. A aquisição, anunciada em maio do ano passado, foi aprovada por cinco votos a dois. O relator do processo, Paulo Burnier, votou pela aprovação do negócio.
Lucro do BNDES cai 3,2%
Em 2017, o BNDES teve lucro de 6,18 bilhões de reais, queda de 3,2% em relação a 2016, quando o banco registrou lucro de 6,39 bilhões de reais. Segundo o BNDES, o resultado foi puxado pela valorização das participações societárias, uma alta de 249,5% no ano passado, equivalente a 8,56 bilhões de reais. O ativo do Sistema BNDES totalizou R$ 867,52 bilhões em 31 de dezembro, uma queda de R$ 8,620 bilhões (1,0%) em relação a 2016.Também a carteira de crédito do banco e repasses registrou queda em relação a 2016, de 10,3%.
Google proíbe anúncios de bitcoin
O Google proibiu qualquer tipo de publicidade de criptomoedas, como o bitcoin e o ethereum, em suas plataformas. A partir de junho, qualquer anúncio que faça referência às moedas virtuais deixará de aparecer na busca do Google, do Youtube e de outros serviços da empresa. Propagandas de ofertas iniciais de moedas, os chamados ICOs, também serão vetados. Em janeiro deste ano, o Facebook tomou uma decisão semelhante. A justificativa das empresas de tecnologia para uma mudança na política de publicidade é proteger os usuários de propagandas enganosas. No fechamento desta edição, o bitcoin despencava 9,35%, cotado a 8.288 dólares, segundo o site especializado CoinDesk.
Rússia quer responder a Reino Unido
O governo da Rússia afirmou, nesta tarde de quarta-feira, que vai dar uma resposta rápida à decisão do governo britânico de expulsar 23 diplomatas russos do Reino Unido. Nesta manhã, a primeira-ministra britânica, Theresa May, anunciou a decisão como uma resposta ao caso do envenenamento do ex-espião Sergei Skripal e de sua filha. Para May, a Rússia tem envolvimento com o caso. Para líderes do governo russo, a medida foi uma clara “provocação” e que o governo britânico acusou a Rússia sem provas. De acordo com a embaixada da Rússia em Londres, a expulsão dos 23 diplomatas é “inaceitável e injustificável”. O ministro de Indústria e Comércio russo, Denis Manturov, afirmou que o país já tinha eliminado todo o seu arsenal químico herdado da União Soviética há mais de dez anos, em resposta a uma pergunta sobre se a Rússia tinha destruído todas as reservas do agente nervoso “Novichok”, que, segundo o governo britânico, foi usado contra Skripal. A Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) confirmou a eliminação dessas armas, e seus inspetores estiveram presentes permanentemente nas instalações envolvidas durante todo o período de destruição, entre 2002 e 2007.
Coalizão à vista na Itália?
O líder da coalizão da direita italiana, Matteo Salvini, afirmou, nesta quarta-feira, que está disposto a criar um governo com o Movimento 5 Estrelas. Segundo ele, o movimento e seu partido, Liga Norte, estão trabalhando para realizar propostas em direção à criação de um governo de coalizão no país. As eleições parlamentares da semana retrasada conferiram a maioria das cadeiras aos partidos de direita, mas isso não foi suficiente para que a coligação consiga governar. O Movimento 5 Estrelas foi o partido mais votado, e por isso a coligação passou a considerar uma aliança para poder governar. O movimento não agrada aos partidos mais tradicionais porque tenta estabelecer uma democracia direta através da internet. Se os partidos não fizerem uma coalizão, novas eleições serão realizadas no país.