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Prisão de Dirceu é um novo marco terrível para o PT encurralado

Dirceu tem até as 17 horas para se apresentar à PF e cumprir os 30 anos e nove meses de prisão, pena imposta pela na Operação Lava Jato

JOSÉ DIRCEU: o ex-ministro completa, com Palocci e Lula, a tríade de petistas de destaque na cadeia / Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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EXAME Hoje

Publicado em 18 de maio de 2018 às 06h17.

Última atualização em 1 de novembro de 2018 às 16h34.

O PT terá mais um terrível episódio de sua história nesta sexta-feira. O ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu teve o pedido de prisão decretado pela Justiça Federal e deve voltar hoje para a cadeia. A juíza federal Gabriela Hardt , substituta da mesma Vara do juiz Sergio Moro , deu até as 17 horas para que o petista se apresente para cumprir os 30 anos e nove meses de prisão, pena imposta pela na Operação Lava-Jato.

Dirceu se apresenta na carceragem da Polícia Federal em Brasília. Ele, que já foi preso preventivamente, volta para trás das grades por ter sido condenado em segunda instância por corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Dirceu é acusado de receber dinheiro de propina por facilidades em contratos públicos de empresas contratadas pela Petrobras. As irregularidades aconteciam na diretoria de Serviços da estatal, área de influência do PT.

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O ex-ministro também passou um ano na cadeia por seu envolvimento no mensalão, a partir de novembro de 2013. Foi condenado naquela situação a sete anos e 11 meses de prisão, mas foi autorizado a cumprir pena em casa. Em agosto de 2015, a fase “Pixuleco” da Lava-Jato o colocou de novo atrás das grades.

A mancha negra na biografia petista não é, portanto, a simples prisão. Pela primeira vez, os três mais influentes homens da história do partido estarão presos. Junto com Dirceu, o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e o próprio ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva também foram presos pela Operação Lava-Jato. A última vez que os três estiveram em condições tão próximas foi no governo, antes do mensalão.

As detenções têm levado um grupo de dissidentes do partido a criticar a postura da presidente do PT, Gleisi Hoffmann (acusada pela Polícia Federal de ter recebido mais de 5 milhões de reais em propina) de insistir na candidatura de Lula. O governador do Ceará, Camila Santana, defendeu publicamente uma aliança com Ciro Gomes e cobrou que o PT saia de um “isolamento suicida” em entrevista ao Estadão. Ao comentar sobre sua condenação, Dirceu costuma dizer que não pode “brigar com a cadeia”. Santana cobra de Gleisi a mesma postura.

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