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Serasa suspende divulgação de pesquisa sobre inadimplência

A empresa de informações de crédito anunciou a suspensão de divulgação de pesquisas sobre inadimplência, após lei de São Paulo

Sede da Serasa Experian na capital paulista (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2015 às 22h18.

São Paulo - A empresa de informações de crédito Serasa Experian anunciou nesta terça-feira a suspensão de divulgação de pesquisas sobre inadimplência , após uma lei do Estado de São Paulo que dificulta a inclusão de devedores nos cadastro de inadimplentes.

A decisão vem após o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) suspender uma liminar e restaurar os efeitos da lei estadual 15.659 de 2015, que obriga o envio de correspondência com Aviso de Recebimento para devedores em atraso, e não mais uma correspondência simples. Se o devedor não responder a carta, a alternativa do credor é levar a dívida a protesto em cartório.

Esse processo inviabiliza a prática do mercado em que o tomador de crédito em atraso negocia a dívida para evitar a inclusão nos cadastros de proteção ao crédito.

Segundo a Serasa Experian, em setembro apenas 3 por cento das cartas de aviso voltaram assinadas. Para a companhia, esse quadro desatualiza as informações sobre o quadro de crédito. Por isso, suspendeu a divulgação de dados sobre inadimplência a partir deste mês.

"Com a carta registrada, perde-se completamente a visão real da inadimplência", disse a Serasa em comunicado.

FEBRABAN

Em outro comunicado, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), afirmou que os efeitos da lei paulista serão ainda agravados por uma Medida Provisória, que define que a cobrança e a inclusão do nome de inadimplente nos cadastros de proteção ao crédito só pode acontecer após protesto da dívida em cartório.

Segundo a Febraban, as restrições aos registros de calotes podem reduzir a oferta de crédito para o consumidor entre 11 e 17 por cento e para as empresas entre 4 a 9 por cento.

Além disso, as taxas cobradas dos tomadores podem subir de 7 a 9 pontos percentuais.

"O aumento da taxa de juros e a restrição na concessão de crédito aos consumidores afetarão em especial a população de baixa renda, e os que não dispõem de bens para oferecer em garantia dos empréstimos", afirmou a Febraban, em nota.

A entidade afirmou ainda que os devedores, mesmo pagando a dívida, somente conseguirão limpar seu nome se pagar os custos de cartório, que teriam um ganho extra de até 5 bilhões de reais por ano.

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São Paulo - A empresa de informações de crédito Serasa Experian anunciou nesta terça-feira a suspensão de divulgação de pesquisas sobre inadimplência , após uma lei do Estado de São Paulo que dificulta a inclusão de devedores nos cadastro de inadimplentes.

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Esse processo inviabiliza a prática do mercado em que o tomador de crédito em atraso negocia a dívida para evitar a inclusão nos cadastros de proteção ao crédito.

Segundo a Serasa Experian, em setembro apenas 3 por cento das cartas de aviso voltaram assinadas. Para a companhia, esse quadro desatualiza as informações sobre o quadro de crédito. Por isso, suspendeu a divulgação de dados sobre inadimplência a partir deste mês.

"Com a carta registrada, perde-se completamente a visão real da inadimplência", disse a Serasa em comunicado.

FEBRABAN

Em outro comunicado, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), afirmou que os efeitos da lei paulista serão ainda agravados por uma Medida Provisória, que define que a cobrança e a inclusão do nome de inadimplente nos cadastros de proteção ao crédito só pode acontecer após protesto da dívida em cartório.

Segundo a Febraban, as restrições aos registros de calotes podem reduzir a oferta de crédito para o consumidor entre 11 e 17 por cento e para as empresas entre 4 a 9 por cento.

Além disso, as taxas cobradas dos tomadores podem subir de 7 a 9 pontos percentuais.

"O aumento da taxa de juros e a restrição na concessão de crédito aos consumidores afetarão em especial a população de baixa renda, e os que não dispõem de bens para oferecer em garantia dos empréstimos", afirmou a Febraban, em nota.

A entidade afirmou ainda que os devedores, mesmo pagando a dívida, somente conseguirão limpar seu nome se pagar os custos de cartório, que teriam um ganho extra de até 5 bilhões de reais por ano.

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