Anderson Torres: ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal (Evaristo Sá/Getty Images)
Depois que centenas de manifestantes bolsonaristas invadiram os prédios do três poderes neste domingo, 8, membros do governo Lula questionaram a atuação amena do então secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, no impedimento da ação dos vândalos.
Cerca de uma hora depois do ato, o governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB) determinou a exoneração de Torres. Junto disso, a Advocacia Geral da União (AGU) reivindicou ao STF prisão em flagrante de todos os envolvidos, inclusive de Anderson Torres.
O secretário está em viagem aos EUA, e se manifestou nas redes sociais, em uma série de tuítes, sobre a ato. Na postagem, quando ainda estava oficialmente no cargo, afirmou que agiria reforçando as forças de segurança do DF.
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Ex-ministro da Justiça e Segurança Pública no governo Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres foi nomeado, na segunda-feira, 2, secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.
Com passagem pelos quadros da Polícia Civil e delegado da Polícia Federal desde 2003, Anderson Torres tem uma trajetória profissional bastante familiarizada com as demandas da segurança na capital da República.
Ele atuou como secretário da pasta entre 2019 e 2021, durante o primeiro mandato do governador Ibaneis Rocha (MDB), reeleito em primeiro turno para os próximos quatro anos.
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Pouco após as 17h, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, oficializou a demissão de Torres pelo Twitter:
Determinei a exoneração do Secretário de Segurança DF, ao mesmo tempo em que coloquei todo o efetivo das forças de segurança nas ruas, com determinação de prender e punir os responsáveis.
Também solicitei apoio do governo federal e coloco o GDF à disposição do mesmo.
— Ibaneis Rocha (@IbaneisOficial) January 8, 2023
Em coletiva durante a tarde de domingo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou Torres "tem fama de ser conivente com manifestações".
Em dezembro do ano passado, no dia da diplomação do presidente Lula, a atuação de Torres à frente do ministério foi criticada diante dos atos bolsonaristas, que depredaram a cidade e colocaram fogo em carros e ônibus sem serem punidos.
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