Exame logo 55 anos
Remy Sharp
Acompanhe:

Contrariando orientação, Planalto lança campanha "O Brasil não pode parar"

A quarentena faz parte das ações de combate ao novo coronavírus, é recomendada por organizações de saúde e adotada por grande parte do mundo

Modo escuro

Jair Bolsonaro: presidente tem criticado quarentena e propõe isolamento apenas para grupos de risco (Ueslei Marcelino/Reuters)

Jair Bolsonaro: presidente tem criticado quarentena e propõe isolamento apenas para grupos de risco (Ueslei Marcelino/Reuters)

E
Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de março de 2020, 22h05.

Última atualização em 27 de março de 2020, 18h14.

O governo federal lançou uma campanha publicitária esta semana chamada "O Brasil não pode parar" para defender a flexibilização do isolamento social, que faz parte das ações de combate ao novo coronavírus, e a retomada econômica. Também há previsão de vídeos institucionais. O valor da campanha não foi divulgado.

No Instagram, uma publicação feita no perfil do governo federal diz que "no mundo todo, são raros os casos de vítimas fatais do coronavírus entre jovens e adultos".

"A quase totalidade dos óbitos se deu com idosos. Portanto, é preciso proteger estas pessoas e todos os integrantes dos grupos de risco, com todo cuidado, carinho e respeito. Para estes, o isolamento. Para todos os demais, distanciamento, atenção redobrada e muita responsabilidade. Vamos, com cuidado e consciência, voltar à normalidade", diz o texto.

Na última terça-feira, 24, o presidente foi criticado após fazer pronunciamento em rede nacional no qual se referiu ao novo coronavírus como "gripezinha" e "resfriadinho". Nesta quinta, Bolsonaro disse que a reação negativa na internet somou cerca de 70% dos comentários, mas ele planeja reverter a imagem.

Segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 26, pelo Ministério da Saúde a maioria das internações graves da doença, no entanto, ocorreu com pacientes com idades entre 30 e 80 anos. As mortes, de fato, são registradas com mais frequência na faixa etária acima dos 60 anos. 

No entanto, a Organização Mundial da Saúde e médicos infectologistas têm reforçado diariamente a importância das medidas de isolamento social para não sobrecarregar os sistemas de saúde. Em um cenário de contágio incontrolável, os impactos podem ser fatais.

A Itália, por exemplo, pagou um preço alto por ter deixado de lado as medidas de isolamento para suavizar o impacto econômico. Em 3 de março, o balanço de vítimas fatais começou a crescer exponencialmente, com 79 mortes, até chegar em 7.503 vítimas anunciadas ontem. O país se tornou o recordista de óbitos no mundo. 

As últimas notícias da pandemia do novo coronavírus:

Últimas Notícias

ver mais
Ministério Público de São Paulo indica Roberto Livianu para vaga do CNJ
Brasil

Ministério Público de São Paulo indica Roberto Livianu para vaga do CNJ

Há 5 horas
PF descobre plano golpista em celular de Mauro Cid
Brasil

PF descobre plano golpista em celular de Mauro Cid

Há 6 horas
Ministro Dias Toffoli determina posse de suplente de Deltan Dallagnol na Câmara
Brasil

Ministro Dias Toffoli determina posse de suplente de Deltan Dallagnol na Câmara

Há 7 horas
Marco temporal: Mendonça pede mais tempo para avaliar e julgamento é interrompido
Brasil

Marco temporal: Mendonça pede mais tempo para avaliar e julgamento é interrompido

Há 9 horas
icon

Branded contents

ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

leia mais