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O maior problema do Brasil é a reeleição, diz Simone Tebet

Em evento, senadora e candidata à presidência da República fez duras críticas ao chamado orçamento secreto

Simone Tebet: candidata à presidência da República fala sobre reeleição e orçamento secreto (SERGIO LIMA/AFP/Getty Images)

Simone Tebet: candidata à presidência da República fala sobre reeleição e orçamento secreto (SERGIO LIMA/AFP/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de agosto de 2022 às 12h50.

A candidata à Presidência pelo MDB, Simone Tebet, afirmou nesta quinta-feira, 18, que, caso seja eleita em outubro, vai dar transparência no primeiro dia de governo ao orçamento secreto, ao qual chamou de "maior ato de corrupção do planeta terra".

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"Se eu for eleita presidente, com esta caneta, eu dou transparência no orçamento secreto com um ato exigindo que todos os ministros de Estado deem transparência nas contas. Vão dizer qual é o parlamentar que mandou recurso, e qual é [a destinação] para saber se lá na ponta esse dinheiro chegou", disse Tebet hoje na seccional de São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), onde participou de uma rodada de sabatinas com os presidenciáveis.

A fala se deu enquanto Tebet respondia uma pergunta sobre o sistema de presidencialismo de coalizão e, neste contexto, a senadora e candidata disse que, sempre foi a favor da reeleição, mas mudou de ideia recentemente. "Hoje sei que o maior problema do Brasil é a reeleição. Faz com que o chefe do Executivo assuma e já pense no que precisa fazer para se manter no poder nos próximos oito anos. E, aí, dá margem a toda sorte de negociatas para fazer tudo que não atende a interesse público e eleitoral para permanecer".

"Vamos lembrar do mensalão, que comprou a consciência dos parlamentares para garantir governabilidade à base de pagamento de mesadas. O mensalão descoberto, se inventou o petrolão", afirmou, destacando a participação de seu partido. "É preciso fazer um mea-culpa em relação a isso. Eu não tive participação direta, mas meu partido sim".

Ela continuou mencionando o orçamento secreto, citando ainda a escalada nos valores pagos. "No mensalão, falávamos em R$ 2 bilhões. Agora estamos falando em R$ 19 bilhões comandados por meia dúzia de parlamentares. A história dirá se estamos diante do maior ato de corrupção do planeta".

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