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Moro anunciará sua candidatura ao Senado na próxima semana

Ex-juiz inicialmente tentou mudar o domicílio eleitoral para São Paulo, mas mudança foi rejeitada pela Justiça do Estado

Moro: ex-juiz será candidato ao Senado pelo Paraná (Bloomberg / Colaborador/Getty Images)

Moro: ex-juiz será candidato ao Senado pelo Paraná (Bloomberg / Colaborador/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de julho de 2022 às 20h01.

O ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil) irá anunciar na próxima terça-feira, 12, que será candidato ao Senado pelo Paraná. O pronunciamento será feito em Curitiba e deve contar a presença do presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar, e do presidente do diretório paranaense da sigla, Felipe Francischini.

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Integrantes do União Brasil, em conversas reservadas, confirmam que o ex-ministro da Justiça irá disputar o Senado. Moro evitou antecipar a decisão que será anunciada, mas admitiu que ser senador é uma opção. "Será divulgado na terça. Senado é uma possibilidade", disse ao Estadão.

O partido no Paraná ainda não definiu quem irá apoiar para governador. A sigla tem negociação aberta com o projeto de reeleição do governador Ratinho Júnior (PSD), mas ainda não tem previsão de bater ou não o martelo para a aliança. Outros pré-candidatos ao Senado, como o deputado Paulo Martins (PL), apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), também tentam estar na mesma chapa do governador.

Pesquisa Ipespe divulgada nesta semana mostra Moro em segundo lugar nas intenções de voto para o Senado, com 24%, atrás do senador Álvaro Dias (Podemos), que aparece com 31%.

Já a pesquisa Real Time Big Data divulgada na semana passada aponta Moro em primeiro lugar nas intenções de voto para o Senado, com 30%, e Dias em segundo com 23%. O senador do Podemos foi um dos principais incentivadores para que Moro entrasse na política.

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A decisão encerra uma série de idas e vindas que marcou a participação de Moro no período pré-eleitoral. Inicialmente ele foi apresentado como candidato à Presidência da República e para isso se filiou ao Podemos em novembro do ano passado. No entanto o ex-ministro da Justiça enfrentava resistência de parte da bancada do partido no Congresso, que estava insatisfeita em dividir os recursos financeiros com uma candidatura presidencial.

Em abril, perto do prazo estabelecido pela Justiça Eleitoral para trocar de legenda e participar das eleições, Moro se filiou ao União Brasil, partido originado da fusão do DEM com o PSL e com muito mais recursos financeiros, com uma cifra que se aproxima de R$ 1 bilhão.

Ele entrou na nova sigla já com o aviso de que teria de desistir de disputar o Palácio do Planalto. Caciques do União Brasil temiam que uma eventual candidatura presidencial de Moro contaminasse as eleições para governador em Estados que os eleitores possuem resistência ao ex-ministro.

Quando trocou de partido, Moro também tentou mudar o domicílio eleitoral para São Paulo, mas a Justiça do Estado invalidou a mudança e ele mudou os planos para concorrer no Paraná, sua terra natal.

A advogada Rosângela Moro, mulher do ex-ministro, será candidata a deputada federal por São Paulo. Diferente do marido, ela não teve a mudança de domicílio contestada. Nesta quinta-feira, 7, o ex-juiz compartilhou uma entrevista da advogada publicada pelo jornal O Globo em que ela confirma que irá concorrer a deputada e disse que "tem muito orgulho" dela.

O União Brasil lançou Luciano Bivar como candidato à Presidência. Mesmo assim, integrantes do partido nos Estados, como o senador Márcio Bittar (AC), o governador do Amazonas, Wilson Lima, e a deputada Clarissa Garotinho (RJ) declaram abertamente o apoio a Bolsonaro.

(Estadão Conteúdo)

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