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Terceiro dia de julgamento de Moro termina com placar de 3 a 1 contra cassação do senador

O desembargador Julio Jacob Junior pediu vista e a análise da ação foi suspensa e será retomada na terça-feira, 9, às 14h

Brasília (DF) 22/03/2023 Senador, Sergio Moro, durante discurso na tribuna do senado onde falou sobre atentado contra ele e sua família. (Lula Marques/Agência Brasil)
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 8 de abril de 2024 às 14h16.

Última atualização em 8 de abril de 2024 às 16h00.

O desembargador federal doTribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), Guilherme Frederico Hernandes Denz,votou nesta segunda-feira, 8, pela absolvição de Sergio Moro em duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral ( AIJEs ) que pedem a cassação do mandato do senador.

Com o voto de Denz, o julgamento está 3 a 1 pela absolvição do ex-juiz da Lava-Jato.Odesembargador Julio Jacob Junior pediu vista e a análise da ação foi suspensa e será retomada amanhã às 14h.

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No primeiro voto da sessão, a desembargadora Claudia Cristina Cristofani também votou pela absolvição de Moro.Em sua argumentação, a magistrada defendeu que os autores da ação nãoapontaram os gastos da pré-campanha deMoroem relação aos seus concorrentes, e por isso, não dá para cravar que houve um desequilíbrio na disputa.

Essa é a terceira sessão do julgamento. Na última quarta-feira, 3,odesembargador José Rodrigo Sade, indicado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao tribunal, foi o único a votar e defendeu a cassação e inelegibilidade do senador.Ele abriu divergência em relação dos argumentos apresentados pelo relator, Luciano Carrasco Falavinha, que votou pela inocência do ex-juiz.

No seu voto, Sade disse que cinco pontos caracterizam que houve abuso de poder econômico de Moro:

Na primeira sessão do julgamento, na segunda-feira, 1, odo caso, o desembargadorLuciano Carrasco Falavinha Souza fez uma extensa exposição de argumentos e votou contra a cassação do ex-juiz da Lava Jato.

Flavinha Souza disse que não é possível somar gastos da pré-campanha para Presidente e de pré-campanha para Senador de São Paulo para configurar um suposto abuso em pré-campanha para Senador do Paraná e nem provar que Moro sempre teve intenção de ser candidato ao Senado pelo estado paranaense. José Rodrigo Sade, segundo desembargador a votar, pediu vista e será o primeiro a votar na sessão dessa quarta.

Por que Moro pode ser cassado?

Os processos foram apresentados partido Liberal e pela Federação Brasil da Esperança, composta pelo PT, PV e PCdoB, apontam os gastos no período que Moro era pré-candidato à Presidência da República. Os partidos alegam que Moro teria gasto valores acima do permitido para chegar ao Senado.

Acompanhe o julgamento de Moro ao vivo

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